Reproduzo abaixo, artigo publicado há 10 anos pelo escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. No momento em que se rememoram os atentados terroristas nos Estados Unidos, é bom relembrar também uma abordagem da época. Uma análise que não serve para justificar os crimes do governo norte-americano no Afeganistão, no Iraque e, agora, na Líbia.
Simone Andréa Barcelos Coutinho, procuradora em Brasília do município de São Paulo, pretende uma reforma no código eleitoral que impeça no Congresso Nacional a existência de representações religiosas, ainda que informais, como o lobby católico e a bancada evangélica.
No jardim de infância da quadra 404 Norte, em Brasília, as crianças são reunidas para rezar antes das aulas. Alguns pais reclamaram da atitude, mas outros fizeram um abaixo-assinado para manter o que é considerado uma "tradição" na escola. A Lei de Diretrizes e Bases prevê educação religiosa apenas nos ensinos fundamental e médio e, mesmo assim, como matéria facultativa.
As relações dos poderes estatais (que deveriam ser laicos) favorecendo seitas religiosas não só tornaram-se comuns, como continuam avançando. Não se trata apenas da profusão de símbolos religiosos, em especial crucifixos, em instalações do Executivo, Legislativo e Judiciário. Alguns acontecimentos recentes:
A pergunta foi feita e respondida por Mariana Ushli Poloni, no seu blog Le Pitanga, o texto abaixo, que reproduzo pela exposição simples, coerente e, a meu ver, correta na sua conclusão.
Projeto de lei nº 256, apresentado no dia 5 de abril pelo deputado Orlando Morando (PSDB) na Assembléia Legislativa de São Paulo, quer tornar obrigatória a exibição de crucifixo nas escolas públicas. Mais uma investida religiosa nestes tempos de renascimento obscurantista.