A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Jandira Feghali

Médica, vice-presidente nacional do PCdoB, exerce o 7º mandato de deputada federal (PCdoB-RJ) é atualmente a líder da bancada comunista. Foi secretária de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói-RJ e secretária municipal de Cultura do Rio. Relatora da Lei Maria da Penha, foi vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados.
 A nossa virada

Gente descartável e sem serventia” é o subproduto do pensamento moderno neoliberal. Ora, em nosso país essa gente é maioria, demandante do Estado e das suas políticas, e que exige um corajoso projeto de nação e autoestima elevada. Essa tal “gente” se enxerga em líderes que expressam suas potências e identidade e não aceita ser excluída, ser tornada invisível ou silenciosa.

O julgamento precisa ser suspenso

Golpe após golpe o país parece ter se acostumado à falta de normalidade democrática.

Decidirão pelas mulheres?

Um forte coro, outrora engasgado, ecoou pelo Centro do Rio durante toda a tarde de terça-feira (13). Com bravos punhos erguidos ao ar em posição de luta e seios pintados como donas do próprio corpo, milhares de mulheres se uniram contra as alterações na PEC 181/15 que proíbe o aborto legal no Brasil. 

Agonizando em berço esplêndido

O país da trincheira do golpe encerra outubro demasiadamente envergonhado. O jogo da segunda denúncia da PGR contra Michel Temer foi disputado, mas se mostrou sujo, bolorento e mal cheiroso. Vimos o submundo da política se movendo a todo custo para blindar o presidente, mas que não conseguiu ficar oculto em todos os seus asquerosos lances.

Milhares de Franciscos

Francisco das Chagas da Silva Lira, 38 anos, foi resgatado por fiscais do Ministério do Trabalho no início dos anos 2000 numa fazenda no interior do Pará. Antes de ser localizado pelos agentes públicos, limpava um gigantesco pasto no sol e na chuva por R$ 150, comia arroz com mandioca frios num minúsculo intervalo e recebia diariamente tortura psicológica e física de capatazes do dono da terra.  

Jandira Feghali: O planejado bonde da insensatez

Os constantes protestos em exposições artísticas no Brasil não passam de uma mirabolante e bem pensada cortina de fumaça.

Uma decisão inédita e correta

Na noite de quarta-feira (20), uma decisão inusitada surpreendeu muita gente. Foi da subprocuradora da Procuradoria Geral da República (PGR), Áurea Lustosa, a respeito da parcialidade crônica e explícita do juiz Sergio Moro. Num despacho de 19 páginas recheado de apontamentos, a magistrada atende pedido dos advogados de Lula e aponta com rigor a desqualificação do juiz curitibano para ficar a frente dos casos que envolve o ex-presidente.

Todos os homens do presidente

Em 1976, as telas dos cinemas retrataram um escândalo sem precedentes na história norte americana. A partir da investigação de um jornalista do jornal Washington Post foi desvendado o caso conhecido como Watergate. Fitas gravadas que comprovavam a relação do presidente com operações ilegais contra a oposição tiveram como resultado a renúncia do presidente Richard Nixon. Lá, as evidências falaram mais alto que os conchavos.

Independência? Que Independência?

Com quase meio milhão em déficit de moradias, mais de 1 milhão de desempregados, trabalhadores com dívidas crescentes, cenas cotidianas de guerra urbana e uma universidade estadual ameaçada, o Rio de Janeiro corajosamente resiste neste 7 de setembro.

Continuação do golpe

Sem provas, rasgando o Código Penal e a Constituição Federal, o juiz de 1ª instância Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula baseado nas ilações dos procuradores da Lava-Jato e numa delação arrancada por pressão de um condenado preso, além de convicções e uma apresentação de “powerpoint”. Rebaixou a justiça brasileira à perseguição política, algo tão repugnante quanto o cinismo que paira sobre a elite deste país.

A PEC da Exclusão

É fácil manipular dados e esconder outros para desenhar um futuro desastroso. E o Governo Temer sabe muito bem disso. Nas últimas semanas, na Comissão Especial que analisa a Reforma da Previdência, prevaleceu o sofisma governista para mostrar a reforma como solução à crise. Mas o suprassumo da falta de convencimento foi o atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

CLT rasgada

Em 1951, o estádio de São Januário, na Zona Norte do Rio, nunca se viu tão em polvorosa quanto nos jogos de futebol da cruz de malta. Homens e mulheres tomavam as arquibancadas para ver Getúlio Vargas discursar. Era 1º de maio: “… promovemos hoje as medidas indispensáveis ao bem-estar dos trabalhadores", disse Vargas de uma das tribunas da arena. O Brasil daquela época festejava a CLT sem imaginar que décadas depois a veria rasgada pelo seu próprio Parlamento.

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