Até as janelas do Palácio do Planalto tremeram com tamanho atraso. Lá estava, no salão do palácio, o ilegítimo presidente da República tentando acenar virtudes no Dia 8 de Março. Em vão.
O governo Temer vem alardeando de forma manipulada dados do orçamento brasileiro e também da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para justificar a reforma da previdência. A OCDE usa dados da realidade dos 34 países, entre eles os mais industrializados e desenvolvidos do mundo, para a formulação de políticas públicas.
O castelo de cartas caiu. A falência do Estado do Rio de Janeiro desnuda a inoperância e o despreparo dos governadores nos últimos anos. Com um dos maiores PIBs do país, alto índice de investimento direto e indireto pelo Governo Federal, recebimento de grandes eventos e royalties do Petróleo que sempre foram importantes no Orçamento, o PMDB joga covardemente o estrago causado por sua gestão no colo dos servidores.
Os traidores da pátria não esperavam por essa. Pouco mais de seis dias como presidente interino, Michel Temer, que assumiu num golpe que rasgou dramaticamente a democracia em nossa História, a bolsa caiu e o dólar disparou. Enquanto os primeiros passos dos golpistas vão sendo dados em tragédias atrás de tragédias, outros países e imprensa internacional vão percebendo o que ocorre por aqui, denunciando quase que diariamente.
Em 1971, o MDB abrigou em sua legenda os movimentos e políticos de esquerda jogados na clandestinidade pela Ditadura Militar. Diversos comunistas nele se abrigaram como forma de prosseguir na luta política, formando uma das frentes progressistas mais fortes à época. Com votações retumbantes no sistema político bipartidário daquele período, o MDB se contrapunha ao partido do Regime – Arena, e traçou uma trajetória pautada pela defesa da democracia.
As capitais brasileiras pulsaram democracia no último dia 18. Emoção, alegria e, principalmente, respeito ao Estado democrático de Direito, tomaram as ruas de nossas cidades.
Em fevereiro do ano passado, Lula emudeceu uma gigantesca plateia formada majoritariamente pelo primeiro escalão da política italiana. Seu relato sobre o combate inédito à fome que promoveu a partir de 2002, então presidente do Brasil, gerou respeito e admiração. Conseguiu, com maestria, que entendessem o que era a dor daqueles que não tinha o que ingerir de manhã, de tarde e à noite.
Março tem sido um mês dedicado à luta das mulheres pela igualdade de direitos, momento em que nos unimos à celebração do Dia Internacional da Mulher para a construção de uma pauta avançada. Foi assim com a aprovação de leis fundamentais que surgiram a partir de debates que tiveram início em março e evoluíram.
A Grande Mídia no Brasil noticia, julga e pune. Ajuda a fomentar um Estado de Exceção no país onde apenas três famílias de empresários comandam a opinião pública com seus eficientes maestros jornalísticos. São Frias, Marinhos e Civitas donos de pórticos golpistas como seus semanários e TV gentilmente fomentados e concedida pela sanguinária Ditadura.
“O que será da Petrobras?”, questionam muitos. Ler os jornais faz crer que a estatal, uma das maiores petrolíferas do mundo e com reservas para mais de quatro centenas de anos, está próxima da derrocada. Depreciação que só interessa à oposição entreguista e às empresas estrangeiras. É o motivo da pancadaria sistemática.
Os reality shows que prendem a atenção do povo na TV aberta são “quase nada” perto do palco que alguns promotores e juízes tentam montar sob égide da Justiça de nosso país. Parecem estar dentro de um Big Brother diário, tentando seus 15 minutos de fama a qualquer custo. Querem angariar atenção e aplausos num espetáculo de holofotes midiáticos. Como piada, esses agentes públicos são um ‘show de amadores’. Uma verdadeira zorra.
A direita passou a temer as urnas. Adquiriu verdadeiro pavor desde que os resultados não se mostraram mais favoráveis para si. A democracia exige, sim, de nossas forças políticas o respeito à vontade do povo expressa a cada eleição.