No dia 4 de agosto, terça-feira, o Líbano e o mundo inteiro assistiram estarrecidos a uma explosão, que muito se assemelhava a uma bomba atômica, ocorrida no porto da milenar cidade de Beirute. Dezenas de vídeos – feitos para o que parecia ser apenas um incêndio – acabaram por registrar ao vivo a tragédia, incluindo os danos para quem os filmava. Dias depois, a cidade presenciou manifestações contra o governo e, em 10 de agosto, o primeiro-ministro Hassan Diab renunciou. Para entendermos o significado disso tudo, discutimos como esses assuntos afetarão a geopolítica regional e mundial.
Museu desde 1934 e considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco a partir de 1985, Hágia Sophia (ou “sagrada sabedoria”, em Grego), conforme decisão do Conselho de Estado turco adotada no dia 10 de julho de 2020, será reconvertido à mesquita. Mas, afinal, qual o impacto da decisão que despertou até pronunciamento do Papa Francisco e como isso toca na adesão da Turquia à União Europeia?
Nestes tempos de pandemia e de crise aguda do sistema capitalista, é sempre bom voltarmos ao tema – que desenvolvi no meu livro sobre Geopolítica Mundial que lancei em 2019. Ele consta do terceiro capítulo (página 45, livro intitulado Reflexões sobre o Oriente Médio, Apparte Editora, Campinas, SP). Esse debate guarda uma relação direta com um tema que também estudo há tempos que é o de novas e velhas ordens mundiais. A versão que aqui publico é um resumo e atualização daquele trabalho.
Assistimos nos últimos dias, desde 25 de maio, a chegada à Venezuela de vários grandes petroleiros transportando mais de meio bilhão de litros de gasolina e derivados petroquímicos para ativar as grandes refinarias daquele país, que não estão conseguindo refinar o seu petróleo. Pouco li nas mídias alternativas sobre o real significado disso. Muito se perguntam: já vivemos uma nova ordem mundial, multipolar? Sobre esse tema falarei neste artigo.
Nas últimas duas semanas temos presenciado a elevação do tom do presidente dos EUA com constantes ameaças à República Popular da China, chegando mesmo a ameaçar romper relações diplomáticas com esse país com quem reatou relações diplomáticas no histórico aperto de mão entre Mao Zedong e Richard Nixon em 21 de fevereiro de 1972. Pretendo sistematizar neste artigo de análise geopolítica mundial, quais são as principais razões dessa radicalização.
Venho refletindo, em vários artigos e entrevistas aos canais do YouTube, sobre como será o mundo após a pandemia do coronavírus. Como sociólogo, cabe-me traçar cenários possíveis, muito mais do que opinar sobre possíveis mudanças comportamentais que, de fato ocorrerão, nos seres humanos. Neste trabalho faço uma revisão sobre como pensam alguns autores e cito opiniões de algumas autoridades, e, ao final, atualizo as minhas.
Este é um artigo escrito em meio a uma dura quarentena que nos impusemos em casa. Momento de profunda reflexão. Ele contém análises de dados, fatos e ao final emito opiniões sobre a situação que vivemos no mundo hoje, sobre se o neoliberalismo está com seus dias contados e apresento propostas concretas que entendo como relevantes para amenizar a crise sobre o conjunto da população, em especial trabalhadores e autônomos, bem como sobre a economia. Peço desculpas pela extensão do trabalho. Aos que não tiverem paciência de ler a análise, podem ir direto ao final para ler as propostas que apresento.
De um modo geral, as contribuições culturais, filosóficas, políticas e científicas que os árabes e muçulmanos deram ao mundo no decorrer dos últimos quase 1.500 anos é hoje praticamente ignorada pelo mundo ocidental. Quando muito, a impressão que se tenta passar é a de que os árabes teriam sido apenas "transmissores" de conhecimento e nunca "produtores" desses mesmos conhecimentos. Ou ainda meros tradutores de textos de outros autores importantes. Não há falsidade maior que essa.