Bandeiras a meio mastro nos países da Otan pelo "11 de setembro da França", enquanto o presidente Obama anunncia aos meios de comunicação : "Nós lhes forneceremos informações sérias sobre quem são os responsáveis". Sem que seja necessário esperar, já está claro. O enésimo massacre de inocentes foi provocado pela série de bombas de fragmentação geopolítica, que explodiram segundo uma estratégia precisa.
Bombardear – declarou a ministra da Defesa, Pinotti, do Partido Democrático (PD) – “não deve ser um tabu”. Cai assim na Itália e na Europa o tabu da guerra e, com isso, também o do nazismo. Em Kíev, informa a agência Ansa em uma documentada reportagem de 4 de novembro, chegam toda semana do centro da Europa (incluindo a Itália) e dos Estados Unidos dezenas de “profissionais da guerra” recrutados sobretudo pelo Pravy Sektor (1) e pelo batalhão Azov, de clara característica nazista.
Um comboio de caminhões de contêineres especiais partiu em 26 de outubro da base italiana de Poggio Renatico (Ferrara), onde foi constituído o Centro de deslocamento de comando e controle aéreo da Otan, primeira unidade desse gênero.
O nosso colunista italiano, Manlio Dinucci, brinda-nos com mais um artigo denunciando a militarização na Europa. Leia abaixo:
“Na Cerásia Leste, um país invadiu um vizinho menor e ameaça invadir outro. As implicações da crise são globais. A Otan lança uma missão internacional de assistência e apoio para proteger os Estados ameaçados”: este é o cenário que foi “simulado” nos exercícios Trident Juncture 2015 (TJ15).
Às vésperas dos exercícios militares Trident Juncture 2015, em 2 de outubro, a Otan anunciou “o primeiro deslocamento estadunidense de alta tecnologia na Europa”. Não só no período dos exercícios, mas de modo permanente.
O nosso colunista italiano, Manlio Dinucci, brinda-nos com mais um artigo denunciando a militarização na Europa. Leia abaixo:
“Histórica”a visita do secretário geral da Otan Stoltenberg, em 21 e 22 de setembro, na Ucrânia, onde participa (pela primeira vez na história das relações bilaterais) no Conselho de Segurança Nacional, assina um acordo para a abertura de uma embaixada da Otan em Kíev, e dá duas coletivas de imprensa com o presidente Poroshenko.
Cinco centenas de não europeus estão neste momento atravessando a Europa : não são refugiados, mas soldados estadunidenses do 2º Regimento de cavalaria que, com 110 veículos blindados, avançam desde a sua base na Alemanha para a Hungria através da República Tcheca e da Eslováquia, para "assegurar aos aliados da Otan que o exército dos Estados Unidos está a postos, se necessário".
Quando as crianças chegavam aos acampamentos de verão numa região arborizada em torno da cidade de Kíev, recebiam uma camiseta amarela em que estavam impressas duas silhuetas de crianças armadas com fuzil, com o emblema do Batalhão Azov decalcado sobre o das SS do Reich, e tendo ao fundo o “Sol Negro” do misticismo nazista.
O 70º aniversário da vitória do povo chinês na Guerra de resistência contra a agressão japonesa, que se celebra em 3 de setembro em Pequim, está sendo boicotada não só por Tóquio, mas também por Washington e quase todos os governos da União Europeia (UE), que enviam a Pequim apenas expoentes secundários. Grotesca tentativa de cancelar a História, análoga à que fizeram relativamente ao 70º aniversário da vitória sobre o fascismo, comemorado em Moscou em 9 de maio (Ver Il Manifesto de 12 de maio).
Protegidos pelo blecaute político-midiático, estão descendo na Europa enxames de paraquedistas em pé de guerra. Trata-se da “Swift Response” (Resposta Rápida), “o maior exercício militar da Otan de forças aerotransportadas, cerca de cinco mil homens, desde o fim da guerra fria”.