Nesta última quarta feira, dia 17 de maio, o governo golpista tremeu. Em uma bombástica denúncia realizada pelo dono da JBS, empresa que muitos lunáticos acusavam ser de um dos filhos do ex-presidente Lula, Michel Temer (PMDB) atual mandatário da nação e Aécio Neves, senador e presidente do PSDB foram acusados de, respectivamente, comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) e de pedir dois milhões de reais para sua defesa no processo conhecido como Lava Jato.
Saiu nesta última semana a tão aguardada lista de Fachin com centenas de nomes das mais diversas personalidades públicas de variados matizes políticos acusados de corrupção pela famosa Operação Lava Jato.
Toda pessoa lida diariamente com desafios, sejam eles pessoais, acadêmicos, de trabalho ou até políticos. Para conviver ou até mesmo resolver um determinado problema, a solução é sempre a mesma, se concentrar nos maiores e administrar os menores, ou seja, priorizar o que é mais urgente.
“Tática é saber o que fazer quando há o que fazer; estratégia é saber o que fazer quando não há nada a fazer”. Tartakower.
Já há algum tempo me sinto tentado a escrever algumas linhas sobre um grave erro (a meu ver) que parte da esquerda e muitos militantes dos movimentos sociais têm cometido sem perceber suas possíveis consequências futuras: o rebaixamento do debate sobre a grande política.
Um dos fatores mais interessantes do ponto de vista social e político que aconteceu (e ainda acontece) ao longo dos últimos três meses sem dúvida tem sido as ocupações estudantis. Com irreverência e muita crítica os estudantes de ensino médio estão dando um banho de cidadania em muito ‘sabe-tudo’ que posa de bom moço, mas que no fundo morre de medo da organização juvenil.
“Uma pessoa: ninguém, nenhuma pessoa: ninguém”; esta citação de uma das canções que mais gosto do Arnaldo Antunes poderia resumir o que foi o primeiro turno das eleições municipais de 2016, a primeira sob a égide do governo golpista de Michel Temer.
Estamos a menos de uma semana das eleições municipais e tanto o governo golpista de Michel Temer como o judiciário partidarizado seguem em sua caçada ao PT e aos movimentos populares.
Deu-se neste mês de agosto, no Rio de Janeiro, o lançamento daquela que pretende ser a 15ª legenda partidária do país, o Frente Favela (FF). Com a presença de artistas renomados, como Sandra de Sá, Lázaro Ramos, MV Bill e Sergio Lorosa, antes mesmo de se registrar esta nova agremiação já surge causando enormes debates nos movimentos sociais.
Nestes tempos em que vemos o avanço das pautas conservadoras na sociedade, sempre é bom pensarmos e repensarmos sobre conceitos importantes que aprendemos (ou não) desde muito cedo na experiência diária da luta por uma sociedade mais justa e desigual.
Ao acordar com mais uma prova cabal que a Presidenta Dilma não cometeu crime algum, ou seja, que nem as tais pedaladas de fato aconteceram, me peguei refletindo sobre como a falta de unidade no campo da esquerda (como um todo) acaba fortalecendo os inimigos da classe trabalhadora.
Após mais uma derrota do governo Dilma no senado e o golpe do impedimento sem crimes confirmado pelo Supremo Tribunal, é hora de todos que fazem parte do campo progressista repensarem uma série de coisas.