A coluna de hoje de Jânio de Freitas, membro do Conselho Editorial, da Folha de São Paulo, (“Moraes mostra que governo tenta influenciar Lava Jato”, (29/09/2016) contém a seguinte pérola, formatada em advertência, na parte final de seu texto:
A coluna de hoje de Jânio de Freitas, membro do Conselho Editorial, da Folha de São Paulo, (“Moraes mostra que governo tenta influenciar Lava Jato”, 29/09/2016) contém a seguinte pérola, formatada em advertência, na parte final de seu texto:
“O endividamento do Estado era, pelo contrário, o interesse direto da fração da burguesia que dominava e legislava através das Câmaras. O déficit do Estado, esse era o verdadeiro objeto da sua especulação e a fonte principal do seu enriquecimento”. (Marx, “As lutas de classes em França de 1848 a 1850”). [1]
Absolutamente despretensiosa, esta nota visa apenas registrar e lamentar o falecimento do francês Gilles Gaston-Granger, um epistemólogo e filósofo da ciência excepcional.
Um articulista graúdo do The New York Times – correspondente econômico sênior do jornal e escritor – acaba de descobrir a pólvora. Sua pesquisa revelou que a economia mundial está “em marcha lenta”. Segundo concluiu Neil Irwin, esse crescimento lento “ocorre há 15 anos”. Ou seja, ele não se contentou com a violenta queda que atingiu em cheio o centro do capitalismo e que passou a ocorrer a partir de 2007-8; esticou a corda. [1]
O texto que segue se refere à exposição que fizemos no IV Seminário Nacional de Estudos Avançados, da Escola Nacional de Quadros João Amazonas (PCdoB), em julho último.¹
“Decerto que um defensor da revolução proletária pode concluir compromissos ou acordos com capitalistas. Tudo depende de que espécie de acordo se conclui e sob quais circunstâncias” (Lênin, “Sobre os compromissos”, março-abril de 1920).
Londres, a região mais avançada do capitalismo britânico votou pela permanência na UE (60% a 40%), mesmo caminho seguido por uma maioria expressiva de praticamente 2/3 da juventude do país.
As indicações de Meirelles e Goldfajn, e especialmente as controvérsias iniciais sobre a CPMF (Skaf e Paulo Pereira, de imediato contrários), pareciam – só pareciam – sinais contraditórios sobre as políticas cambial e monetária. As nomeações – por um núcleo de governo provisório recheado de reacionários e corruptos – para a equipe econômica apontam a clara hegemonia no interino governo Temer do grande capital financeiro (local e forâneo).
Pensa o economista francês Patrick Artus que as políticas ultra expansionistas da liquidez (QE,“quantitave easing”), tocadas pelo Banco da Inglaterra, pelo Fed americano, o Banco do Japão e o BCE europeu, levaram o sistema capitalista pós crise 2007-8, a um estado de crise financeira permanente na economia mundial.[1]
No já indispensável “Flores, votos e balas” (Companhia das Letras, 2015), Angela Alonso nos convence que André Rebouças, Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, cada qual a seu modo, iludiram-se fartamente com a possibilidade de uma agenda reformista dum “Terceiro Reinado”, no torvelinho do pós-Abolição. Ademais desses três grandes revolucionários brasileiros restarem aprisionados pelo monarquismo.
“Mas o que deve fazer então um general cercado por forças superiores? (…) Numa situação extraordinária, é necessária uma resolução extraordinária; quanto mais perseverante for a resistência, maiores serão as chances de ser socorrido ou abrir uma brecha” (Napoleão cita Horácio). [1]