As notícias da semana atualizam a história que a direita quer ver esquecida. Os documentos da CIA, agora revisitados, falam que o ditador Ernesto Geisel ordenou a execução de presos políticos, além da morte com injeção de sacrificar cavalos em muitos. Em um deles está provado: José Montenegro Lima, conhecido como Magrão, foi sequestrado pela ditadura em setembro de 1975, levado para um centro clandestino de tortura e morto com uma injeção de matar cavalo. Depois, atiraram o seu corpo em um rio.
Assistimos ontem no Recife à pré-estreia de O Processo. O cinema São Luiz estava lotado, como em suas melhores noites, com todas idades e classes sociais. Estávamos jovens e muito jovens, maduros e muito maduros, a cantar e gritar várias bandeiras, das quais a mais unitária foi #LulaLivre.
Na longa noite do bar da Encruzilhada, sopramos o mundo e nele plantamos o nosso ânimo, a nossa alma conforme o desejo.
Esta semana, fui atraído para a leitura de um texto a partir do título. Lá em cima se escrevia: “Arte, literatura e ideologia”, de Juliana de Albuquerque. Pensei: “o que virá disso?”. Confesso que a esperança de ler um pensamento substancioso se misturava ao pessimismo do que poderia vir. Mas depois da leitura, apesar de haver perdido todas as esperanças, o resultado foi estimulante.
No currículo da juíza Carolina Lebos deveria constar a sua mais recente negação de visitas ao eterno presidente Lula. Dessa vez, a proibição foi para Leonardo Boff e Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz. Segundo a advogada Tânia Mandarino, a juíza Lebbos teria respondido à solicitação de urgência para o Nobel da Paz: “problema do Esquivel se ele está só de passagem”.
Os cientistas, os pesquisadores sabem e provam que eles transmitem doenças aos humanos de qualquer país. Os ratos são animais que transmitem desde a leptospirose, gerada quando urinam, cujo contato provoca febre, dores, hemorragias e morte, até o hantavírus, que eles geram quando defecam e se propaga pelo ar. Essas são as mais simples e conhecidas doenças por eles transmitidas, mas há pelo menos mais de 200, das quais a mais grave para a vida ainda não se sabia no Brasil e no mundo civilizado.
Na quarta-feira desta semana, no ônibus ao meio-dia, eu tentava ler “Como funciona a ficção”, de James Wood. E seguia anotando, aos solavancos, trechos dos quais muito discordava, como este:
Para evitar qualquer suspense artificial, respondo logo: não existe, não pode nem deve existir qualquer limite para a expressão artística. Admitir o contrário seria o mesmo que pôr limites à aventura e ventura do pensamento humano.
Augusto Boal nasceu em um 16 de março de 1931. Lembro que na sua morte, em 3 de maio de 2009, escrevi sobre ele e sua militância:
Wilson Carneiro da Cunha nasceu em 2 de março de 1919 e faleceu em 17 de agosto de 1986.
Há um sentimento que unifica mulheres grávidas primeiro. É um anterior coração que bate no peito da gente sem que a consciência organizada o compreenda. Quero dizer, vinha um impacto antigo ao ver a gravidez de Nelinha no Pátio de São Pedro, quando ali conversávamos eu, Vargas e Alberto.
O horror, o terror continua vivo, 45 anos depois dos acontecimentos da ditadura brasileira. E a indignação em silêncio forçado também, como veremos a seguir.