Dizem os registros que de 4 a 12 de maio de 1925, o quarto de número 400 do Hotel Glória, na cidade do Rio de Janeiro, abrigou um dos maiores cientistas de todos os séculos. Mas ninguém fala do desastre cômico da passagem do astro da física pelo Brasil.
As cidades se revelam mais nuas quando amanhecem. Há seis anos, quando eu caminhava às 6 da manhã pelo centro da cidade, pude notá-los. Os seus corpos enchiam a paisagem das ruas e avenidas do Recife. Amontoavam-se, como se, enfileirados, tangidos pela ordem do acaso, estivessem dispostos como cadáveres.
No próximo domingo, faz quatro anos que o gênio do violão Canhoto da Paraíba partiu. Lembro da última vez em que o visitei.
No próximo dia 19, completam-se 125 anos do nascimento do maior poeta brasileiro.
As datas, os aniversários, têm um poder evocativo muito forte. Esta semana me veio de súbito uma pergunta: que música seria mais representativa do golpe militar de 64? Quais canções, que músico seria mais representativo daqueles anos inaugurados em um primeiro de abril?
Esta semana, em 14 de março, passou apagado o dia da poesia. Em meio a tantos problemas mais graves, de terremotos a vulcões, de vazamento de usinas nucleares a tsunamis, é natural que lembrar a poesia, em meio a tamanho inferno, pareça mais um descabido luxo de quem anda nas nuvens e se alimente de sopro de brisa.
De Raquel deve ser dito que se não fosse ela, todos que fomos à sua casa poderíamos hoje estar mortos. Ela, viúva, louca e desfrutável para os nossos corações, somente para os nossos corações de esperança e mais nada, doou a sua granja para encontros clandestinos da organização Ação Popular.
Há um quê de antigo, muito antigo, na última campanha de Gisele Bündchen para a SKY, que entrou no ar esta semana. Para tamanha novidade, gritaram os títulos nas notícias da imprensa brasileira: “Gisele Bündchen posa de dona de casa e pinta unha do pé em campanha. Top brasileira estrela comercial em que interpreta mulher abandonada pelo marido”.