O mundo vive um momento alto da emancipação popular que coincide com o agravamento da crise sistémica e a maior, e mais pérfida, agressão do imperialismo. São os polos opostos do confronto entre os explorados e os exploradores.
"Todas as sugestões serão benvindas, nunca a ingerência", como referiu Wang Yi, Ministro das Relações Externas da China ao apresentar plano para solucionar políticamente os conflitos. Na tradição do pensamento milenar oriental, esta afirmação deve ser adotada como um ditado popular e filosófico.
A história do sistema capitalista repete-se, nas várias regiões do planeta, variando em função das diferenças estruturais entre os países. Dialéticamente produz os anti-corpos com que as nações se defendem da submissão ao imperialismo – a forma superior do capitalismo – fortalecendo o seu próprio desenvolvimento social e econômico e afirmando a soberania nacional no contexto mundial.
O caos que hoje se alastra pelo mundo, abalando ricas cidades, como Paris, e ameaça outras nações europeias, é alimentado pelos que destroem os valores fundamentais dos seres humanos. A confiança nos governantes, nos Estados dito de "direito", nas instituições internacionais e regionais do sistema capitalista, tem desaparecido ao longo dos anos desde a Segunda Grande Guerra que foi mascarada pelos "aliados do imperialismo" para disfarçar o seu interesse principal contra a Revolução Socialista.
"Não podemos aceitar que os vícios do sistema capitalista que permitiram o golpe e a eleição de um agente do imperialismo à Presidência do país, se introduzam como virus da traição no processo que vai gerar uma aliança ética entre classes, incluindo vários setores da sociedade que será capaz de reconstruir um Brasil democrático e emergente no plano internacional".
O Imperialismo serviu-se, primeiro, da nação norte-americana. Ai forjava-se a democracia entrosada com o desenvolvimento industrial. Mas, a expansão do sistema capitalista privilegiou a propriedade privada dos bens de produção e do capital, o domínio da organização social para favorecer uma elite e explorar os trabalhadores, e o mercado interno e internacional para acumular os lucros.
Habitualmente o Brasil é referido pelas suas belezas – de um povo miscigenado e de uma paisagem tropical encantadora – pelas suas riquezas naturais, minerais e de conhecimento científico ou artístico – que serviram de base ao livro de Stefan Zwaig que o viu como "País do Futuro".
Este velho ditado popular não perde atualidade. No calor da luta, nos debates, até na conversa do dia-dia, a emoção tende a superar a razão e quebra um relacionamento saudável. Respiramos fundo para recuperar a objetividade da razão e aguentar a desrazão de alguns.
O povo brasileiro tem aprendido muito nesta campanha eleitoral. Um verdadeiro curso superior de ciência política com mestrado em "traços culturais e história nacional", para poder superar os atrasos que há mais de 300 anos o Estado, desenhado pelas oligarquias latifundiárias e os neo-liberais que passaram pelo Governo Federal, mantem para conservar uma desigualdade social e económica das mais altas no mundo.
Saudosa memória da imensa manifestação "DIRETAS,JÁ!" que meteu no fundo da gaveta da História a ditadura fascista de 64! Mas precisamos lembrar que a geração de novos eleitores, que agora votaram, eram bebês ou crianças naquela época.