"Se nós, os que fomos afetados pela violência, demos um passo determinante, por que o resto da Colômbia não há de perdoar?", questionou Constanza Turbay, que perdeu oito familiares ao longo dos mais de 50 anos de conflito na Colômbia. Ela é uma das 12 vítimas que deram seu testemunho no aos negociadores do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana, no último sábado (17).
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos confirmaram neste domingo (17) durante as conversações de paz que se realizam em Havana, Cuba, o compromisso de trabalhar pelo reconhecimento dos direitos das vítimas do conflito armado colombiano.
Vítimas do conflito armado colombiano deram neste sábado (16) seus testemunhos perante os negociadores do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para alcançar a paz no país. O diálogo se realiza em Havana, Cuba, desde novembro de 2012.
Segundo o líder da delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Iván Márquez, que participa das negociações de paz com o governo de Juan Manuel Santos em Havana, “é necessário ter humildade e espírito de perdão para facilitar os acordos”. Segundo declarações dadas por ele nesta terça-feira (12), os sentimentos de ódio e vingança devem ficar no passado para que o caminho para a paz fique livre para todos os colombianos.
Desde o domingo (10) e até terça-feira (12), Bogotá sedia a cúpula da ONU Rio+20, que reúne 350 líderes mundiais para discutir a construção de um futuro sustentável, com novas medidas para lutar contra a mudança climática, melhorar a mobilidade e reduzir a pobreza.
A partir desta segunda-feira (11), as alfândegas entre Colômbia e Venezuela terão novas restrições, são parte de iniciativas conjuntas, acordadas por ambos os presidentes, para enfrentar de forma mais incisiva o contrabando.
O líder máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc – EP), Timoleón Jiménez, manifestou sua convicção de que a Colômbia não continuará sendo a mesma depois da assinatura de um acordo de paz.
“Ninguém irá frear a Colômbia em paz”, essa foi a mensagem deixada por Juan Manuel Santos ao assumir o segundo mandato como presidente, nesta quinta-feira (7). O mandatário tem a oportunidade de efetivar o processo de paz e concluir as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), iniciadas em 2012, durante seu primeiro governo. Essa foi sua principal promessa de campanha e o que o levou a derrotar o candidato urubista nas urnas.
Em uma decisão histórica para o processo de paz entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a Corte Constitucional do país determinou nesta quarta-feira (6) que os guerrilheiros poderão participar da política. A deliberação exclui aqueles que tenham sido condenados por crimes contra a humanidade ou genocídio.
Após um ano de vigência do Tratado de Livre Comércio (TLC), firmado entre Colômbia, Peru e a Comissão Europeia (UE, integrada por 28 países), um conjunto de entidades expressa forte oposição ao acordo econômico entre as nações. Para as organizações, tal medida intensifica uma assimetria nas relações entre as partes, estando o país latino-americano em profunda desvantagem.
Por Marcela Belchior, na Adital
Ser reconhecidos como sobreviventes, comprovar que há injustiça e obter reparação são algumas das propostas colocadas pelas vítimas do conflito armado colombiano durante o Fórum de Paz da Colômbia que começou neste domingo (3) em Cali.
Os presidentes de Colômbia, Juan Manuel Santos, e Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniram nesta sexta-feira (1º) em Cartagena e anunciaram uma série de medidas para tentar diminuir o contrabando na fronteira bilateral. Os diálogos de paz entre Bogotá e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) também foi abordado.