De acordo com declarações do comandante James Amos, da Marinha dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (11), o seu país, em ação “preventiva”, enviou dois navios à costa do Mar Vermelho do Egito, depois de o Exército deste país ter destituído, na semana passada, o presidente Mohammed Mursi. A tensão política tem escalado desde a destituição, embora o premiê interino Hazem al-Beblawi tenha declarado, nesta sexta (12), que seu gabinete deve prestar juramento já na semana que vem.
Apesar do debate a respeito da legitimidade do governo interino do Egito, estabelecido após controverso afastamento do presidente Mohamed Mursi pelo Exército, os EUA mantêm o plano de entrega de quatro caças F-16 ao país árabe. Na semana passada, o Exército depôs o primeiro presidente egípcio democraticamente eleito. Adly Mansur, presidente do Supremo Tribunal Constitucional, assumiu o poder em caráter temporário.
A Frente de Salvação Nacional (FSN) egípcia considerou que o gabinete em formação deve incluir "figuras credíveis que tenham apoiado a revolução desde o seu inicio", durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (11), no Cairo, capital do Egito, com Mohamed El-Baradei, porta-voz da oposição laica nas conversações com o governo interino chefiado por Adli Mansour e Hazem Beblawi, nomeado como o primeiro-ministro.
O autor palestino Saleh Al-Na'ami publicou um artigo, nesta quinta-feira (11), sobre os impactos da medida do Exército egípcio de retirar do poder o presidente Mohamed Mursi. Mais especificamente, Al-Na'ami argumenta que a ação, que classifica de "golpe", favorece Israel em diversos sentidos bem explicados e, por isso, o Portal Vermelho reproduz o artigo, que não necessariamente reflete a sua opinião.
A coalizão que governa a Tunísia disse, nesta quinta-feira (11), que está preparada para desempenhar o papel de mediador na redução das tensões que eclodiram no Egito, intensificadas após a destituição do presidente Mohammed Mursi pelo Exército. Episódios de violência durante as manifestações contrárias e de apoio a Mursi resultaram em dezenas de mortos, principalmente nesta semana, diante da sede da Guarda Republicana, onde o presidente destituído está detido, segundo informações locais.
As Nações Unidas ressaltaram nesta quarta-feira (10) a necessidade de garantir que as mulheres possam participar das manifestações no Egito sem medo da violência. A Organização pediu tolerância zero com todas as formas de violência contra mulheres e meninas. Segundo a imprensa, mais de 90 estupros foram cometidos durante os protestos que sacodem o país e que foram intensificados após a destituição do presidente Mohammed Mursi, na semana passada.
A promotoria do Egito ordenou, nesta quarta-feira (10), a detenção de líderes da Irmandade Muçulmana, sob a acusação de instigar à violência registrada nesta segunda (8), em frente à sede da Guarda Republicana, onde fontes indicam terem morrido de 55 a 84 pessoas, durante as demonstrações de apoio ao presidente destituído Mohamed Mursi. O presidente interino, Adli Mansur, emitiu uma mensagem ao povo egípcio em que pedia a reconciliação nacional no mês sagrado para o Islã, o Ramadã.
O período de transição no Egito durará entre seis meses e um ano. É o que estabelece uma Declaração Constitucional emitida nesta terça-feira (9) pelo presidente provisório, Adli Mansour, na qual se reserva prerrogativas legislativas.
Em nota, o Partido Comunista Egípcio saúda a deposição do governo de Mohamed Mursi, faz um apelo para as massas se manterem nas ruas e pede a redação de uma nova constituição democrática para o país. Leia a íntegra
Por meio de um comunicado lançado nesta segunda-feira (8), o presidente do Partido da Conferência Egípcia e ex-secretário geral da Liga Árabe, Amr Musa, insistiu na necessidade de formar um governo de transição no país.
O regime israelense e o Exército egípcio têm investido na coordenação securitária e militar, sobretudo na península do Sinai e nos túneis entre o Egito e a Faixa de Gaza. O ministro da Defesa Abdel Fattah Al-Sisi, que tirou o presidente egípcio Mohammed Mursi do poder, representa o Exército na coordenação com Israel, de acordo com informações desta segunda-feira (8), do portal Middle East Monitor, que também relatou a morte de 34 manifestantes durante as orações islâmicas no domingo (7).
O político liberal e vencedor do prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei,foi cogitado para assumir o cargo de primeiro-ministro interino do Egito.