Entidades nacionais e mundiais denunciam o golpe de Estado na Bolívia contra o governo Evo Morales. Liderado pelas Forças Armadas bolivianas, a manobra levou à renúncia não só de Evo, que foi reeleito presidente no mês passado – mas também de seu vice, Álvaro Linera, e dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. No Brasil, entidades estudantis e sindicais repudiaram o golpe. O Conselho Mundial da Paz (CMP), presidido pela brasileira Socorro Gomes, também se manifestou.
Ao anunciar sua renúncia, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que a luta pela igualdade e pela paz seguirá com o povo. Ele destacou que governou a Bolívia ao longo de quase 14 anos e construiu “uma pátria livre, com inclusão, dignidade, soberania e força econômica”.
A tragédia boliviana ensina eloquentemente várias lições que nossos povos e forças sociais e políticas populares devem aprender e registrar em suas consciências para sempre. Aqui, uma breve enumeração, em tempo real, e como um prelúdio para um tratamento mais detalhado no futuro.
"Tenho a obrigação de buscar a paz", disse o presidente boliviano, anunciando que deixa o governo para tentar impedir a escalada da violência desencadeada pela direita. Ele ressaltou que sua demissão é "para que Mesa e Camacho não continuem a perseguir líderes sociais".
Golpe. A onda de restauração conservadora chegou na Bolívia. Não de forma muito diferente de como tem se manifestado na América Latina desde o Golpe em Honduras em 2009, mas com um componente de violência acentuado.
Por Ana Prestes*
O presidente constitucional da Bolívia, Evo Morales, convocou neste domingo (10), uma entrevista coletiva para anunciar a convocações de novas eleições. O presidente afirmou que sua principal missão “é proteger a vida, preservar a paz, a justiça social, a estabilidade econômica e a unidade de toda a família boliviana”. Morales pediu que fosse reduzida a tensão e que se restabeleça a paz .
Uma semana histórica, marca especialmente pela liberdade recuperada pelo ex-presidente Lula, beneficiado pela decisão do STF de vetar a prisão de condenados em segunda instância ao reafirmar a consticionalidade da presunção de inocência. Com Lula livre, o cenário político ganha um ator com grande protagonismo. Veja as matérias que foram destaque na semana.
Presidente Evo Morales concedeu entrevista coletiva neste sábado (9) para conclamar os partidos que elegeram parlamentares para o Congresso Nacional para uma mesa de diálogo com vistas a pacificar o país. Ao mesmo tempo, dez partidos comunistas de países da América do Sul manifestaram apoio ao presidente e ao povo boliviano e repudiaram a tentativa de golpe na Bolívia.
O presidente Evo Morales denunciou neste sábado um ataque à Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia (Csutcb) e a intervenção na TV estatal da Bolívia e na estação de rádio Red Patria Nueva (RPN).
Pela sua relevância diante do ataque de setores sem-voto da sociedade boliviana, e da contribuição à compreensão sobre o que está em jogo sob o argumento de “fraude” nas eleições do dia 20 de outubro, o Portal Vermelho reproduz a íntegra do discurso do presidente Evo Morales em defesa da democracia e da soberania publicado originalmente pela Hora do Povo.
O presidente do chamado Comitê-pró Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, não conseguiu sequer desembarcar no aeroporto de El Alto na segunda-feira, devido ao gigantesco rechaço popular. Cercado por manifestantes em apoio ao presidente Evo Morales, o projeto de golpista precisou esconder bem a pretensa “carta-ultimato” e dar meia volta, protegido por forte aparato policial mobilizado pelo próprio governo.
Por Leonardo Wexell Severo
O Comando Geral da Força Aérea Boliviana (FAB) informou que nesta segunda-feira, às 12:48 horas, o helicóptero do presidente reeleito da Bolívia, Evo Morales, apresentou uma falha mecânica e necessitou fazer um pouso de emergência. Ninguém ficou ferido.