Toda fez que coloco em meus meios sociais alguma informação/texto referente ao feminismo, ou ao machismo que existe escondido no nosso dia-a-dia, ou à violência que sofrem as mulheres não só do Brasil, mas do mundo, sinto como se as pessoas se perguntassem: "Por que ela está falando nisso? O que ela sabe, ou tem a ver com essas situações e problemas?”.
Por Camila Dutra*
Durante vários anos, eu voltava de ônibus da faculdade e descia bem em frente a um quiosque de sorvete. Aqueles, de casquinha, que eu costumava pagar com um trocado qualquer encontrado no bolso. Morava no Rio de Janeiro, cidade calorenta, e a tal sorveteria fica em plena Avenida Nossa Senhora de Copacabana, a mais movimentada do bairro.
Por Nádia Lapa, na CartaCapital
Mulheres indignadas com a música "trepadeira" do rapper Emicida convocaram nas redes sociais um ato de repúdio ao cantor de rap que lançou seu novo trabalho na noite de terça-feira (10), no Sesc Pinheiros, em São Paulo. A letra da canção? Um 'desabafo' de um cara que foi traído pela mulher e que, segundo ele, "dava mais do que chuchu", e que por isso merece "uma surra de espada de São Jorge". E arremata: "Dei todo amor, tratei como flor, mas no fim era uma trepadeira".
Por Deborah Moreira, do Portal Vermelho
Mulheres protestam contra músicas que reforçam a violência em suas letras, nesta terça-feira (10), às 20h30, no show do cantor de rap Emicida, em São Paulo, no Sesc Pinheiros. "Não é um problema do RAP, não é um problema do samba, não é problema do pagode, do funk, do sertanejo, nem do rock e nem do POP, é um problema da sociedade e, sobretudo, de TODAS as mulheres."
Por Ana Paula Galvão, Ciranda
Ao sanciona a lei que obriga o atendimento emergencial e multidisciplinar às vítimas de violência sexual em todo os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) a presidenta Dilma Rousseff fortalece o movimento de mulheres e a defesa do Estado laico. Para a coordenadora nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM), Elza Campos, a atuação das organizações feministas foi essencial para garantir o atendimento à saúde da mulher, respeitando sua integridade física e autonomia.
Aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados no último dia 6, o Projeto de Lei 478/2007, conhecido por Estatuto do Nascituro, representa um retrocesso às conquistas alcançadas pelas mulheres nos últimos anos. Abaixo, a advogada em Direito Médico e professora de Bioética da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Camila Vasconcelos, fala sobre o polêmico projeto.
Aconteceu ontem. Saio do aeroporto. Em uma caminhada de dez metros, só vejo homens. Taxistas do lado de fora dos carros conversando. Funcionários com camisetas “posso ajudar?”. Um homem engravatado com sua malinha e celular na mão. Homens diversos, espalhados por dez metros de caminho. Ao andar esses metros, me sinto como uma gazela passeando por entre leões. Sou olhada por todos. Medida. Analisada. Meu corpo, minha bunda, meus peitos, meu cabelo, meu sapato, minha barriga. Estão todos olhando.
No México e na América Latina existe um padrão comum de violência contra as mulheres e impunidade no sistema de justiça, motivo pelo qual 92% dos feminicídios na região ficam impunes, referiu Elba Beatriz Núñez, coordenadora regional do Comitê da América Latina e Caribe para a Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres (Cladem).
A tipificação do feminicídio na legislação penal brasileira foi defendida na Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher, durante audiência pública sobre o tema, no Senado Federal. Já previsto como crime específico em países como o México e o Chile, o feminicídio é descrito como o assassinato intencional de mulheres por homens, em função de seu gênero, em meio a formas de dominação, exercício de poder e controle.
O dia de hoje [3] marca, para a mulher brasileira a data histórica de um triunfo memorável: pela primeira vez vai ela exercer o direito do voto. Pela primeira vez, politicamente emancipada, vai a mulher colaborar com o homem na escolha de uma Assembleia Constituinte e, eleitora e elegível, pela primeira vez, vem ela trazer o apoio, consciente e livre, de sua opinião, cooperando ativa e diretamente na organização da vida política do país.
Por Nágyla Drumond
“A mulher e o mundo sindical” é o tema do debate que vai ser promovido pela CTB-BA (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Estado), na próxima sexta-feira (8/3), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O evento acontece na Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na Piedade, a partir das 9h, e terá como convidada a deputada Alice Portugal (PCdoB).