Em 2014, completam-se dez anos de presença da Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti e quatro anos do terremoto que devastou e agravou a frágil situação deste que é o país mais pobre da América Latina.
Por Luiz Inácio Lula da Silva*
Pessoas nas ruas, sem condições de trabalho, expulsas de suas terras e sem nenhum atendimento às necessidades básicas de um ser humano. Essa situação é resultado de uma política de desapropriação de terras do governo haitiano. As pessoas expulsas de suas terras ficam a mercê da própria sorte, contando apenas com a indiferença das autoridades competentes.
No marco da 2ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que acontece em Cuba até esta quarta-feira (29), os presidentes da região reiteraram seu chamado para a união e integração comercial.
“A Celac é o espaço que todos precisávamos. No Haiti a fome, a pobreza e as desigualdades nos impede de progredir, mas sabemos das possibilidades que temos na agropecuária e através da Celac encontramos pessoas que estão interessadas em nos apoiar e alguns fundos necessários para investir nestas áreas”, declarou o presidente do Haiti, Michel Martelly em entrevista ao jornal Granma nesta terça-feira (28).
O nome de Toussaint Louverture (1743-1803), líder dos escravos haitianos e descendente de um rei africano, aterrorizava os fazendeiros e autoridades coloniais de Cuba, muitos anos depois de sua morte.
Por Marta Denis Valle * na Prensa Latina
Uma equipe interministerial formada pelas pastas de Defesa, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Justiça, Trabalho e o Itamaraty irá apresentar ao governo do Acre uma proposta de cooperação para melhorar as condições de entrada e estadia dos refugiados haitianos que estão chegando em número cada vez maior em Brasileia, município onde há um abrigo destinado aos imigrantes que chegam pela fronteira com o Peru.
Por Diego Sartorato, da Rede Brasil Atual
Uma reunião marcada para a próxima terça-feira (21), entre representantes dos ministérios da Justiça, Saúde e Casa Civil, pode apontar uma saída para a situação de milhares haitianos abrigados no município de Brasiléia, no Acre. O governo do estado espera que o pedido de fechamento provisório da fronteira seja considerado como uma das estratégias do governo federal para contornar a situação considerada alarmante pelas autoridades locais.
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, aconselhou o governador Tião Viana (PT) a solicitar o fechamento das fronteiras com Bolívia e Peru após o município de Brasileia ficar superlotado com refugiados haitianos.
Quatro anos após o gravíssimo terremoto de 7,3 graus na escala Richter que deixou 300 mil mortos no Haiti, mais de 90% das pessoas que ficaram desabrigadas conseguiram voltar a seus lares de origem. Aproximadamente 146 mil haitianos continuam, contudo, vivendo em situação de extrema vulnerabilidade espalhados em 271 campos de refugiados no país, segundo dados da OIM (Organização Internacional de Migrações).
O Haiti anunciou uma comissão oficial de diálogo com a República Dominicana, sobre temas comuns de grande importância, para a próxima terça-feira (7). O primeiro-ministro haitiano, Laurent Lamothe, que publicou a informação em seu perfil do Twitter, encabeça o grupo anfitrião das conversações, na localidade de Ounaminthe, fronteiriça com o território dominicano.
“Uma experiência inigualável. Viajar na garupa de uma moto numa estrada de lama, sem falar creole, num país 100% negro, onde ser branco chama absurdamente a atenção. (…) Foi fascinante, inesquecível. De longe a melhor coisa que eu fiz da minha vida”. Esta é a descrição feita pelo ex-publicitário Rafael Stédile, que largou tudo e foi para o país caribenho – o mais pobre das Américas – que há três anos foi assolado por um terremoto que matou cerca de 200 mil pessoas.
Em entrevista, o coordenador do Reagrupamento Educação Para Todos e Todas (REPT), William Thelusmond comenta os principais desafios para a realização do direito humano à educação no Haiti. Segundo ele, "a criação de escolas privadas, em detrimento de um sistema de educação pública, impede que a maior parte da população haitiana possa frequentar a escola”.