A foto acima diz tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado e vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que lhe nega apoio?
Não faltaram emoção, lágrimas e dignidade na chegada dos 176 médicos cubanos, que desembarcaram neste sábado (25) à noite em Brasília, para um trabalho indispensável em municípios brasileiros, mais de 700, ainda sem qualquer assistência médica.
Por Beto Almeida (*)
Os primeiros profissionais da saúde cubanos a pisar em solo brasileiro para trabalhar no programa Mais Médicos têm entre 41 e 50 anos, pós-graduação concluída, e experiência em zonas de conflito ou de países com baixo IDH na América Latina, África e Ásia.
Por Luiz Carlos Pinto, na Carta Maior
Em mais uma edição do programa Ponto de Vista, José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho, falou sobre a chegada dos médicos estrangeiros no Brasil, sobre a importância do Programa Mais Médicos e sobre a investida dos setores conservadores nesta questão. O editor reafirma que "a população brasileira apoia o programa Mais Médicos e especificamente a contratação de profissionais estrangeiros".
No seu documentário Sicko Sos Saúde,o cineasta e diretor Michael Moore fala sobre a comparação do sistema de saúde americano com outros sistemas de saúde totalmente públicos e com qualidade entre eles o de Cuba. Mostrando que a mortalidade infantil nesses países é menor que dos EUA, a expectativa de vida média é maior que a americana e os médicos formados na Ilha não visam um plano privado de negócios e sim servir ao povo e á vocação médica.
Após críticas de associações médicas à vinda de cubanos para atuar no Brasil pelo Programa Mais Médicos, a vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Cobas, disse nesta segunda-feira (26) que os médicos do seu país querem trabalhar em cooperação com os profissionais brasileiros e não ocupar o lugar deles. Márcia Cobas participou da cerimônia de início do treinamento dos médicos estrangeiros, em Brasília, que irá durar três semanas.
Representantes da União da Juventude Socialista, do Cebrapaz e da Associação José Marti estiveram no Aeroporto Internacional de Salvador, no último domingo (25/8), para a recepção dos mais de 50 médicas e médicos cubanos que desembarcaram na capital baiana para trabalhar no interior do Estado. Os profissionais integram o Programa Mais Médicos, do Governo Federal, e vão reforçar a rede pública de saúde de 22 municípios baianos.
Mais um voo fretado de Cuba com os médicos que trabalharão em municípios carentes por meio do programa Mais Médicos chegou à noite, neste domingo (25), a Salvador com mais 50 médicos – antes aterrissou em Fortaleza e em Recife. Eles foram recepcionados por integrantes do governo do Estado, deputados federais, militantes do PCdoB e PT, União da Juventude Socialista (UJS), movimentos de esquerda e até de populares que foram prestar solidariedade e agradecer a vinda dos médicos estrangeiros.
Um grupo de médicos cubanos que vai trabalhar no Brasil, por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), dentro do programa Mais Médicos, desembarcou na tarde de domingo (25) em Fortaleza. O grupo foi recebido por manifestantes que endossaram apoio aos profissionais da saúde.
Durante o final de semana, em todas as cidades onde desembarcaram os profissionais de saúde estrangeiros, representantes de movimentos sociais organizaram atos de apoio e solidariedade aos médicos que chegaram ao Brasil para trabalharem no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) promove, na próxima semana, em sua página na internet, campanha de alerta para os riscos do tabagismo, com ênfase no fumante passivo. Na última quinta-feira (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo, a SBC divulgará, em sua página de Prevenção, uma série de ações voltadas para crianças e adolescentes, chamando a atenção para o problema.
Eu aprendi com Enrique Dussel que talvez o único imperativo ético universal seja a vida. Mas, não uma vida qualquer. A vida daquele que é vítima do sistema que o oprime e o envilece. É esse ser que temos de defender com unhas e dentes, para o que vier. Todos os dias, nos deparamos com ele, na televisão, na rua de casa, no mercado, ao virar a esquina. O caído, o desgraçado, o fugitivo, o assustado.
Por Elaine Tavares