“Não é lícito nem ético defender a intervenção do Estado para resgatar empresas e instituições financeiras em falência e considerar um fardo promover o bem-estar dos mais desfavorecidos. Basta de hipocrisia”
No Equador vivem 17 milhões de pessoas. Cerca de 60% da mão de obra é informal e isso fez do isolamento a perda da fonte de recursos de milhões de famílias
A tentativa do projeto neoliberal de destruir os sindicatos de trabalhadores com a “reforma” trabalhista sofreu um revés com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que acordos individuais têm efeito imediato e não podem ser alterados por sindicatos.
O mundo pós-pandemia está em disputa, não pela justiça social, distribuição de renda, liberdades democráticas e direitos humanos. Mas pelo poder político, econômico, ideológico e cultural que está se dando através do “jogo das trocas” e do “jogo das guerras”, bélicas e híbridas.
O senhor Jair Bolsonaro, ao contrário dos demais chefes de estado, está fazendo tudo para sabotar as medidas de proteção social em nome de uma suposta defesa da economia e dos empregos.
Bolsonaro e Paulo Guedes insistem na imposição de receitas depressivas, antipopulares, antinacionais e antidemocráticas
O embuste globalizante e o discurso do Estado Mínimo caem por terra nesse momento dramático.
Instalou-se a ideia de que “nada poderá voltar a ser como antes”. Alguns pensadores são demasiado otimistas, porque nenhuma pandemia pode constituir um fator de transformação radical da sociedade. O que virá depois depois de um abalo capitalista não depende de nenhuma especulação filosófica, depende – como afirmou Lênin – da existência, ou não, «de forças sociais e políticas que o façam cair».
Na vida e na política – a distinção é meramente didática uma vez que a política é parte da vida em sociedade, independente da vontade e da opinião de quem quer que seja – a gente vivencia mudanças impostas pelo movimento real, pela dialética, que proporciona movimento e transformação, resultantes das contradições entre forças opostas unidas no mesmo fenômeno.
Em meio à distopia e à grande crise que se instalou, surge a necessidade de solidariedade e coragem de agir de forma correta, inclusive aceitando o isolamento social, mas não o isolamento da esperança
Temas como a importância do estado, o direito à saúde, a segurança alimentar e a violência doméstica foram postos a nu com a epidemia de Covid-19. O evento mundial que ocorrerá em janeiro de 2021 no México sempre foi um contraponto à ordem neoliberal.
Sua má vontade com a situação é explícita – o governo já deveria ter tomando providência para resolver o impasse. Nem a situação dramática do país foi capaz de demover o ministro de suas convicções.