A terrível catástrofe que abate o Haiti expõe ainda mais suas débeis veias secularmente garroteadas pelas velhas e novas metrópoles que insistem em sugar o seu sangue.
Podemos construir à nossa volta mundos belos ou horríveis, conforme nossa apetência ou inapetência para a beleza ou a deformidade. Há uma sabedoria de viver, que implica em exercitar a arte de ver, falar e de escutar. Podemos construir em nós dons harmoniosos de Ser. A arte de ver passa pelo escolher fitar o que é mar-avilhoso, não ver o que é horrível, disforme ou miserável.
As polêmicas acerca do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, tão-somente uma diretriz de trabalho, provocam uma efervescência neuronal em quem tem deferência pela liberdade e a vê como um valor que perpassa todas as gerações de direitos humanos.
O anúncio do novo Plano dos Direitos Humanos -3 pelo governo do Presidente Lula, no final do ano passado, contempla um sentido e profundo anseio democrático do país. O Plano apresenta um conjunto de medidas e recomendações, que visam principalmente apurar e esclarecer as violações aos direitos humanos e os crimes praticados durante o período da ditadura militar (1964-1985).
Inspirado em Joseph Goebels – chefe de propaganda de Hitler – segundo o qual “se você repete uma mentira mil vezes ela vira verdade”, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, proclamou num semanário nacional, semana passada, que “nós somos a esquerda”. Nós quem cara pálida? O PSDB – que inventou o “valerioduto” e aplicou a fracassada política neoliberal – ou a extrema direita encastelada no PFL, de idêntica prática moral e econômica?
Vésperas do último Natal. O físico Rogério Cezar Cerqueira Leite denunciou uma grave malandragem da cervejaria brasileira: a substituição do tradicional malte, a cevada germinada, usado nas boas cervejarias mundiais, por outros cereais germinados mais baratos. A manobra é encoberta no rótulo pelo uso do termo “cereais maltados”, ou, pior, “malte”, para designar outros cereais envolvidos. (Folha de S Paulo*, 18/12/2009).
A tragédia no Haiti – a geológica, não a social – demonstra, mais uma vez, a solidariedade que persiste nas pessoas, apesar do bombardeio individualista destes séculos capitalistas e décadas neoliberais. Pessoas de todo o mundo se apressaram em buscar meios e modos de socorrer as vítimas do terremoto. Organizações e Estados também se mobilizam. Mas surgem também os oportunismos e as ações dos que querem “levar vantagem em tudo”, como dizia antiga propaganda de cigarro.
Em meio ao deserto da falta de oportunidade e exclusão, surge um oásis literário. Como se fosse um conto de fadas, um batalhão de crianças deixa voluntariamente suas televisões para fazer contas matemáticas, preencher palavras cruzadas e aprender o prazer de ler.
Filme que traça perfil do dinamarquês Henning Boilesen reconstrói período de brutal repressão na época da ditadura militar e ajuda a compreender as pressões para a punição dos responsáveis pela tortura aos que combateram o regime dos generais e seus aliados empresários.
A décima edição do Fórum Social Mundial que será realizado ao final deste mês em Porto Alegre pode ser, para além da agenda do encontro, um instrumento de reflexão ao campo progressista e transformador brasileiro sobre os caminhos de desenvolvimento econômico e social do País.
Como milhares de outros brasileiros, fui também assistir ao filme “Lula, o Filho do Brasil”. Muitas cenas me emocionaram, algumas me fizeram lembrar de um período negro da história de nosso país, várias do terrível desequilíbrio social ainda vigente e outras me remeteram a minha adolescência.