Apesar de todo o arsenal de baixarias, intrigas e mentiras que a direita disseminou durante a campanha eleitoral, o resultado final lhe foi profundamente adverso. De nada adiantou a escandalosa parcialidade dos meios de comunicação e até mesmo de outros setores que, em tese, deveriam zelar pela aplicação das leis. Ela simplesmente perdeu!
Minha última coluna “porque sou contra a CPMF”, publicada em 9 de novembro, teve o mérito de quebrar a monotonia. Recebi dezenas de correios eletrônicos polemizando o assunto, com variados tipos de manifestação.
A CPMF foi criada em 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Destinava-se, segundo a versão oficial, a reforçar o orçamento da saúde pública, que tantos dizem defender e poucos na prática o fazem.
A vitória de Dilma Rousseff vem carregada de simbolismos. Além de ser a 1ª mulher a presidir o Brasil – uma das mais importantes nações do mundo – ela conseguiu esse feito sem nunca ter disputado qualquer eleição para o legislativo ou o executivo.
O tom da campanha subiu, unilateralmente, todos os decibéis possíveis.
Se a dramaturgo Dias Gomes estivesse vivo certamente iria cobrar direito autoral dos tucanos por uso abusivo do roteiro que ele criou para a imaginária cidade de Sucupira e seu caricato prefeito Odorico Paraguaçu.
As eleições de 2010 certamente passarão para a nossa história como aquelas em que o obscurantismo pautou a campanha e os candidatos. As idéias cederam lugar às trevas e a escuridão da ignorância, terreno onde a direita rasteja com desenvoltura.
Dei férias aos meus escassos leitores por todo o mês de setembro. Mas estou de volta após uma campanha duríssima, sob todos os aspectos, para deputado estadual, federal, senadores, governador e presidente da república. Havia feito um ensaio anterior que não foi publicado com a expectativa. Agora trato já do fato consumado.
Joseph Goebels, chefe da propaganda nazista, ensinava que “repita uma mentira mil vezes que ela vira verdade”. A julgar pela tática adotada por Serra e seus aliados nesse início de campanha, fica evidente que a “turma” de FHC absorveu plenamente a orientação do fiel escudeiro de Adolf Hitler.
Atualmente, como nós sabemos, a questão ambiental é usada como pano de fundo de um objetivo ideológico específico: o bloqueio da Amazônia e a sua eventual internacionalização.