Poucas políticas públicas são tão transversais, integradoras e transformadoras quanto a cultura, também capaz de dialogar com todas as outras áreas de forma única. Penso que seus principais parceiros dentro do Estado devem ser a educação e a comunicação democrática, alinhados a um conteúdo plural e acessível.
A proximidade de votarmos o Marco Civil da Internet nos faz tomar uma decisão: ou colocamos o Brasil na vanguarda das garantias para a gestão de nosso potencial tecnológico ou sucumbimos a interesses mesquinhos do capital.
A História está nos livros e na oralidade. Ela flutua pela poesia, na música popular, passando também pelo som ritmado dos contadores de estórias em rincões do Brasil. É do nosso povo. O conhecimento produzido sobre algo ou alguém é a forma de relatar nossa existência pelo cenário político, econômico e social. É a interpretação de nossos tempos.
Não faz muito tempo. Tendo assumido como deputada constituinte na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, vivi um período em que já se fazia urgente a desmilitarização da polícia fluminense. Recordo claramente que este assunto se mostrava como uma proposta muito importante à época, assim como a unificação das polícias. Era o ano de 1989.
Há 77 dias desaparecido e passados já quase dois meses, ainda não há relato conciso sobre situação de Amarildo
“Eu tinha três anos, quando, em 10 de outubro de 1973, meu pai não voltou para casa”. O depoimento é de Juliana Botelho Guimarães. Hoje, aos 42 anos, a filha do ex-militante da União Nacional dos Estudantes e desaparecido político do Regime Militar, Honestino Guimarães, inicia um relato emocionante e que reverbera fundo em corações de inúmeros familiares de vítimas da ditadura. É a História real se fazendo presente.
Agiu corretamente e em defesa de nossa soberania a presidenta Dilma Rousseff, ao adiar a visita oficial que faria aos Estados Unidos. Após os gravíssimos episódios envolvendo denúncias da ofensiva imperialista, o País não poderia se curvar à prepotência que emerge em histórico trajeto de arrogância e intervenção político-econômica.
São muitas as dificuldades do complexo Sistema Público de Saúde (SUS). Minha trajetória profissional, como médica concursada do Ministério da Saúde, foi extraída nos vários anos de emergência e ambulatórios públicos, lidando diretamente com a população, convivendo com suas emoções, dificuldades, carências e necessidades. Pude perceber a realidade e minha vida pública se orientou pelos chamados que buscavam solução aos problemas de saúde que o Brasil enfrenta.
Há 79 anos, o Mundo via a criação do australiano David Warren revolucionar a indústria da informação, em paralelo à modernização da indústria da aviação civil. Uma pequenina caixa contendo mecanismos capazes de interceptar conversas entre os pilotos trouxe à tona detalhes de desastres aéreos antes praticamente impossíveis de compreender. O avião caía, mas por que caía?
Rosto à mostra e uma câmera na mão. Verdadeiramente, não há como definir um cidadão neste perfil, durante a filmagem de um protesto, como um provocador oportunista e perigoso à ordem. A ação da mídia independente brasileira desafia o olhar tradicional da grande Mídia e o faz de forma criativa, moderna e o mais importante: livre.
Nunca é demais repetir o que diz o artigo 196 da Constituição de 1988, onde, após grandes debates nacionais e mobilizações amplas e transversais da sociedade brasileira, ficou impresso um sistema de proteção social onde a saúde passou a ser direito universal para todo cidadão independente de contribuição direta ou de qualquer outra exigência, exceto ser cidadão.
Espanta o quanto entramos na armadilha da divisão, enquanto as ruas nos pedem união e defesa da qualidade e fortalecimento da atenção de saúde à população.