Um dos elementos que têm caracterizado a incerteza sobre os rumos imediatos da economia brasileira e é intangível, refere-se à capacidade de realizar investimentos e de tocar os negócios da classe empresarial. A expressão corrente, derivada de Lord Keynes, é a de “despertar o instinto animal do capitalista”.
Há muitas coisas a comemorar. Comemoro, por exemplo, os 70 anos do Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de São Paulo), ocasião para o lançamento do livro de sua história. Comemoro a recondução de Miguel Torres à presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (que faz 80 anos) em chapa única e unitária de experimentados dirigentes (com aumento expressivo da participação de companheiras e renovação com delegados sindicais).
O Sintepav da Bahia vem realizando um bom trabalho na representação dos trabalhadores da construção pesada no estado e o que faz é bem reportado em seu jornal “Via Expressa”.
Para o dirigente ou ativista sindical que quer participar da política há uma contradição entre dois preceitos constitucionais que são corretos: a exigência de filiação partidária para os candidatos a cargos eletivos e a representação, enquanto sindicato, de toda a categoria.
Dois grandes processos jurídicos deformaram a história brasileira e um terceiro ameaça fazer nela um grande mal.
Em 2001 o economista inglês Jim O’Neill, um dos mais altos salários do banco de investimentos Goldman Sachs , criou a expressão BRIC para enfatizar as consequências e atratividades do desenvolvimento econômico do Brasil, da Rússia, da Índia e da China chamando a atenção dos investidores para esses países.
Uma das diferenças entre a utopia e o projeto é a aparente magnitude da primeira e o acanhamento contido do segundo. Mas os instrumentos de medida são diferentes: a fita métrica da vastidão dos sonhos e a régua limitada da realidade.
A palavra sabotagem vem do francês sabot, tamanco. Para desorganizar a produção fabril um operário enfiava o tamanco nas engrenagens, danificando o sistema. Assim como houve o ludismo inglês, a luta contra as máquinas e sua destruição, a sabotagem foi um recurso desesperado dos trabalhadores antes que se fortalecesse a organização sindical.
As eleições presidenciais francesas deram vitória ao socialista François Hollande e, pela importância do país, balançaram o coreto alemão da Europa.
Passadas as grandiosas comemorações do 1º de maio podemos constatar que avançamos na unidade de ação em torno das bandeiras comuns do movimento sindical e dos trabalhadores, demos um susto na bancolândia, aliviamos o imposto de renda devido pelos trabalhadores e empossamos Brizola Neto como novo ministro do Trabalho e Emprego com o apoio das centrais sindicais.
Nestes dias que precedem as comemorações do 1º de maio e em que os dirigentes responsáveis as estão organizando da melhor maneira possível e como sabem fazer com os recuros que dispõem, deixo um recado curto e incisivo: Vão a elas, compareçam!
Depois de meses sem nenhuma iniciativa relevante, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dá o ar de sua graça com o decreto experimental que relaciona o seguro desemprego (um direito do trabalhador) à realização de cursos de qualificação na rede de ensino técnico (Pronatec). Uma proposta correta.