Passadas as grandiosas comemorações do 1º de maio podemos constatar que avançamos na unidade de ação em torno das bandeiras comuns do movimento sindical e dos trabalhadores, demos um susto na bancolândia, aliviamos o imposto de renda devido pelos trabalhadores e empossamos Brizola Neto como novo ministro do Trabalho e Emprego com o apoio das centrais sindicais.
Nestes dias que precedem as comemorações do 1º de maio e em que os dirigentes responsáveis as estão organizando da melhor maneira possível e como sabem fazer com os recuros que dispõem, deixo um recado curto e incisivo: Vão a elas, compareçam!
Depois de meses sem nenhuma iniciativa relevante, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dá o ar de sua graça com o decreto experimental que relaciona o seguro desemprego (um direito do trabalhador) à realização de cursos de qualificação na rede de ensino técnico (Pronatec). Uma proposta correta.
Quando se analisa a realidade e se posiciona sobre ela duas posturas básicas são recorrentes: ou se analisa com maior ou menor precisão e se formula, a partir dos interesses, a linha de ação ou se despreza a realidade e se mascara a análise produzindo discursos meramente ideológicos que se transformam em caricaturas.
Conversando com os companheiros e fazendo o balanço das últimas reuniões das centrais com a presidente e com o ministro da Fazenda cheguei à conclusão de que precisamos melhorar nossa articulação.
Em toda ação humana há uma maneira correta de compreendê-la, que potencializa a própria ação e uma maneira errada. Em geral, a maneira errada consiste em ideologizar o interesse que fundamenta a ação de tal forma que, no fim das contas, o tiro sai pela culatra.
Por duas razões o Ministério do Trabalho e Emprego precisa ser aliviado da responsabilidade na criação de novas entidades sindicais.
A luta sindical, que é uma das formas da luta de classes, desenvolve-se em um terreno inclinado entre os que acham que podem tudo e os que têm que fazer muita força para alcançar algum equilíbrio; têm que ser heróis para garantir o que deve ser normal.
Já estamos bem avançados na folhinha agora que passou a folia do carnaval. Embora seja ano de eleições e a política esquente nos municípios, a preocupação de todos é com o enfrentamento e a derrota da crise externa e a preservação da conjuntura positiva.
Todo problema complexo apresenta-se com vários aspectos e tem uma solução simples e errada. Às vezes, nem isso.
O companheiro Cid do Dieese do Paraná fez, na primeira reunião plenária da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba, uma observação que achei pertinente e compartilho com os leitores.