A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luiz Manfredini

Jornalista a escritor paranaense, autor, entre outros livros, dos romances "As moças de Minas", "Memória e Neblina" e "Retrato no entardecer de agosto".
Democracia: o centro da tática

O que está em jogo, na atual crise política brasileira, não é apenas a sorte do governo, do principal partido que o sustenta ou desta ou daquela liderança. Está em jogo a própria democracia.

A tropa de choque

Há pouco mais de 15 dias – em 28 de agosto – a estudante de Direito Emannuele Thomaziello, a Manu, presidente do DCE do Centro Universitário Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), em São Paulo, teria usado uma faca para furar o balão de 12 metros de altura ofensivo ao ex-presidente Lula. 

Ho Chi Minh, inspiração presente

Há exatos 46 anos – em dois de setembro de 1969 – o mundo perdia um dos seus mais emblemáticos filhos, o líder histórico do povo vietnamita Ho Chi Minh. Aos 79 anos, o velho revolucionário não resistiu às complicações da tuberculose adquirida ainda aos 24 anos e ao desgaste provocado por décadas de lutas ásperas e contínuas. 

Lições da história

Os dias 24 e 25 de agosto nos lembram dois acontecimentos dramáticos da história política brasileira: o suicídio de Getúlio Vargas, na manhã de 24 de agosto de 1954, e a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961. Não vai aqui a intenção de examinar mais amplamente ambos os fatos, algo que deve estar ocorrendo na mídia e na blogosfera por esses dias, mas tão somente de chamar a atenção para um fenômeno que envolveu tanto a morte de Vargas, quanto à eleição de Jânio.

O preso e a trama

Quando soube da prisão do ex-ministro José Dirceu pela operação Lava Jato, na manhã da última segunda-feira, 3, de pronto me indaguei: “Mas ele não estava preso?”. Estava, sim, em prisão domiciliar, concluindo a pena que lhe foi imputada por conta do que a mídia convencionou chamar de “mensalão”.

Consciência, não ilusões

O que precisa ficar claro nesse reatamento de relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos – simbolizado festivamente na abertura das embaixadas em Washington e Havana nesta segunda-feira, 20, – é que ele representou, sobretudo, uma vitória histórica do povo cubano. 

A luta e seus percalços

A percepção do golpe em curso parece consensual entre os segmentos progressistas da sociedade brasileira. “Estamos diante de um golpe policial-judicial-midiático contra o país”, afirma o ex-presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo. Na última segunda-feira, 6, o jornalista Ricardo Melo, em sua coluna na “Folha de S. Paulo”, escreveu: “As últimas estocadas da oposição provam estar em curso uma operação sistemática para derrubar a presidente Dilma”.

Grata surpresa no sebo

A primeira olhada, na primeira estante do sebo, e a surpresa: uma edição de “Os subterrâneos da liderdade”, de Jorge Amado, editado pela Livraria Martins Editora, de São Paulo.

Pagando o (alto) preço

A presidente Dilma Rousseff optou por enfrentar a difícil situação econômica do país adotando uma receita de fundo neoliberal, o ajuste fiscal. Os resultados já aparecem – e, reconheçamos, de modo dramático. Segundo a revista Carta Capital, “de dezembro a abril, a taxa oficial de desemprego, medida pelo IBGE, já subiu de 4,3% para 6,4 %.

João Amazonas, lições para o presente

Há exatos 13 anos, o povo brasieiro perdia um dos seus mais dignos filhos, um lutador imbatível pela democracia, pela justiça social, pela soberania do Brasil e pelo socialismo. Morria em São Paulo João Amazonas, o construtor e principal ideólogo do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Morreu na ensolarada tarde de 27 de maio de 2002, cinco meses após completar 90 anos, 67 dos quais integralmente dedicados à luta revolucionária.

As razões e seu custo

A presidente Dilma Rousseff tem lá suas razões para enfrentar a situação econômica brasileira mediante um ajuste fiscal, mas pagará um preço algo salgado por isso. Embora tenha firmado, em seu discurso de posse, o compromisso de “nenhum passo atrás, nenhum direito a menos”, a presidente converteu-se, desde os dois últimos meses do ano passado, a uma política econômica que se assenta no tripé juros altos, superávit primário e câmbio flutuante, de fundo neoliberal.

O tanque, a bandeira e a queda de Saigon

Saigon, Vietnã do Sul, final da manhã de 30 de abril de 1975. Sob chuvas torrenciais, 17 divisões do exército do Vietnã do Norte e da Frente Nacional para a Libertação (FNL) entram na capital e rapidamente se apoderam de edifícios e instalações estratégicas.

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