A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Mauricio Pestana

Jornalista, preside o conselho editorial da revista Raça Brasil e é analista para áreas de Diversidade e Inclusão do jornal da CNN
Zumbi

Há mais de 40 anos, vários negros e negras gaúchos, liderados pelo poeta Oliveira Silveira se atreveram a desafiar, em plena ditadura, a historiografia oficial resgatando a resistência histórica do líder Zumbi dos Palmares.

O Haiti

Em número cada vez maior de imigrantes em São Paulo, logo nos vem à pergunta “O que temos a ver com a tragédia haitiana”? Tudo! Só para lembrar, alguns anos após o Haiti se tornar o segundo país livre das Américas, eclodiram no Brasil várias revoltas negras inspiradas nos eventos vindos do Caribe. O país caribenho, na época, sentia o drama de ser o vizinho indesejado que ninguém gostava de ter.

Volta ao passado

Há pouco mais de 50 anos, quando João Goulart fora empossado Presidente da República após a renúncia de Jânio Quadros, setores da direita saíram às ruas protestando contra o que chamavam de "avanço do comunismo" em nosso país. Organizações em defesa da Família e da Propriedade se encontravam na linha de frente das manifestações, e contavam, a exemplo de hoje, com figuras consideradas de pesos da comunicação.

São Paulo diverso

Desde a assinatura da Lei Áurea (1888), várias foram as tentativas de reduzir o fosso de desigualdades que 4 séculos de escravização criou entre negros e brancos no Brasil, maximizados, pós abolição, pela forma de ação do Estado Brasileiro que não investiu na promoção da igualdade racial.

Igualdade racial e eleições

Embora a desigualdade racial no Brasil permaneça ainda em patamares inaceitáveis, é importante ressaltar os avanços obtidos principalmente nos últimos anos, onde os negros saíram de indicadores de desenvolvimento humano comparados aos dos países mais pobres do planeta a índices mais toleráveis.

Em tempos de eleição: Uma questão étnico-racial

O modo de se vestir os difere da elite econômica do país, e não usar gravatas e roupas ocidentais é motivo de orgulho para os Collas. Tirando esse e alguns aspectos históricos, poucas são as diferenças entre os demais irmãos que dividem o chão da mesma pátria e que a exclusão socioeconômica (decorrente de questões étnicas) insiste em separá-los.

Cultura e preconceito

A história dos negros na cidade de São Paulo tem sido marcada por diversas formas de lutas na construção de suas expressões culturais e, por vezes, vistas como “caso de polícia”. O samba, por exemplo, confirma este enredo. Diversos sambistas foram perseguidos e encarcerados no início do século 20, caso idêntico ao da capoeira que, por Lei, foi proibida de 1890 a 1937, onde capoeiristas poderiam ser presos.

A síndrome do vice

Os últimos 50 anos foram marcados por fatos no mínimo curiosos, onde tragédias catastróficas do ponto de vista político elevaram os “vices” a protagonizarem processos que em alguns momentos mudaram de forma radical o percurso de nossa história política.

O adeus de Betinho

O samba paulistano perdeu na última semana um dos seus ícones: Alberto Alves da Silva, o popular Betinho, filho do Seu Nenê, fundador de uma das mais tradicionais agremiações de samba de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde. A história de Betinho se confunde com a história de evolução, estagnação, modernização e, consequentemente, do inevitável embranquecimento das escolas paulistanas, sobretudo neste início de século 21.

O barato das eleições

Uma das vantagens da nossa democracia, com tantas eleições, é a variedade de propostas. Este ano temas diferentes dos tradicionais “saúde, educação e segurança pública” ganharam força, mostrando que o eleitor do século 21 está aberto a novas idéias. Isso me remete aos Titãs na clássica mensagem: “a gente não quer só comer, a gente quer prazer pra aliviar a dor”. Digo isso em função da “bandeira” de vários candidatos, propondo a liberação da maconha

Política e religião

A crença de que “política e religião não se misturam” perde cada vez mais adeptos. Neste momento, no Brasil, ambas estão intrinsecamente juntas e misturadas. Viu-se, por exemplo, que na inauguração do Templo de Salomão, da Igreja Universal, marcaram presença o prefeito, o governador e a presidenta da República.

Aranha e o racismo à brasileira

A velha discussão sobre o racismo brasileiro não é um temática do passado, é do presente, reatualizada, multifacetada, constante, recorrente no dia dia e nem sempre ocupa os noticiários como deveria. Contudo, novamente o racismo no futebol foi pauta da mídia: o jogador Aranha do Santos foi xingado de macaco por parte da torcida do Grêmio em Porto Alegre.

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