A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Mauricio Pestana

Jornalista, preside o conselho editorial da revista Raça Brasil e é analista para áreas de Diversidade e Inclusão do jornal da CNN
20 anos de inclusão

Entre um candidato negro e um branco e um homem e uma mulher, a política de contratação adotada pela maioria dos patrões brasileiros é de um homem branco. Algumas empresas norte-americanas viraram o princípio de cabeça para baixo: contratam o mais discriminado no mercado de trabalho: a mulher negra.  As empresas adotaram “ação afirmativa".

A voz do jazz

No Brasil, frequentemente homenageamos ou recordamos de nossas celebridades na data em que faleceram, esquecemos de lembrar seu aniversário. Sempre pensei que talvez isso seja parte de um inconsciente pessimista, que sente a dor da morte, mas que não celebra a vida e a obra daqueles que admiramos. Eu, por outro lado, exalto este mês os cem anos de existência de Eleanora Fagan, a voz doce e especial do jazz, conhecida por todos como Billie Holiday.

Deixa-me passar

Há quem defenda que hoje o maior problema da cidade de São Paulo seja a dificuldade de locomoção por carro. Entretanto, a experiência me permite lembrar que até o final da década 1990, a cidade costumava parar ao primeiro sinal de chuva pelos diversos alagamentos, também responsáveis pelos congestionamentos.

Terceirização

Aprovado pela Câmara Federal, no último dia 8, o polêmico PL 4330/2004, que regulamenta contratos de terceirização no mercado de trabalho seguiu para apreciação no Senado. Conversando com pessoas, de espaços sociais diferentes, trabalhadores do comércio, indústria e servidores públicos, sobre o tema, percebi que a maioria, não compreendia nada do projeto que diz respeito diretamente a suas atividades. 

Redução da maioridade penal

Certa vez ouvi de um amigo que, numa determinada fase da vida, a memória fica mais forte em lembranças antigas do que fatos recentes. Não sei se isso é real ou por estar impressionado com os números divulgados sobre a morte de jovens negros no Brasil, mas, ultimamente, sempre me vem à mente o período de 12, 14 ,16 e 17 anos de idade, época que eu vivia em São Mateus, bairro periférico da capital paulistana, região de altos índices de violência em números que persistem por lá até hoje.

Avanço feminino

Em meio ao cenário de baixo astral que vive o congresso, uma boa noticia passou despercebida. O plenário da câmara aprovou em segundo turno a (PEC 590/2006) determinando que as mesas diretoras da câmara e do senado, assim como as comissões das duas casas tenham representantes de ambos os sexos em suas composições.

Século inacabado

O século 20 foi marcado por grandes transformações para a humanidade. Duas grandes guerras mundiais, crises econômicas, como a grande depressão pós-queda da bolsa de Nova York em 1929 e muitas ditaduras militares. O Brasil não ficou de fora, nós fomos partícipes de tudo que ocorreu naquele século, enviamos tropas na Segunda Guerra Mundial, vivenciamos ditaduras e, amargamos dissabores que a crise do petróleo trouxe nos anos de 1970 e, seus efeitos posteriores como inflação e desemprego.

CPI invisível

Semana passada o foco das notícias foi a CPI da Petrobrás e seus reflexos como as manifestações dos dias 13 e 15 de março. Passou em branco, em Brasília, a criação de uma nova CPI que não falava dos milhares de dólares desviados da Petrobrás e, sim de milhares de vidas de jovens negros assassinados no Brasil. Dados comparados a um cenário de
guerra.

Aristocrata Club

O início dos anos de 1960 foi marcado por várias movimentações sociais e políticas no Brasil. Os tais cinquenta anos em cinco, progresso em curtíssimo prazo do mineiro JK (Juscelino Kubistchek), inspiraria uma geração de jovens, muitos dos quais, o golpe de 1964, não interromperiam seus projetos e suas obstinação. Neste ambiente, nascia no centro da cidade de São Paulo o Aristocrata clube, fundado por um grupo de negros.

Argumentos do golpe

Sou da geração do golpe de 1964. Pessoas que nasceram no regime militar, algumas, até pegaram em armas contra o autoritarismo. No meu caso, a “arma” foi a caneta nanquim nos cartuns de denúncia à repressão no semanário Pasquim. Para entender melhor, o porquê daquela situação obras como: “O que é isso Companheiro” de Fernando Gabeira, “Lamarca, o capitão da Guerrilha” de Emiliano José & Oldack de Miranda e “Como se coloca a Direita no Poder” de Paulo Schilling foram leituras obrigatórias.

Beija-flor

O título conquistado pela Beija-Flor no carnaval 2015 do Rio, sem dúvidas, entrará para história como o mais polêmico dos últimos anos. Nem mesmo quando Castor de Andrade e outros contraventores associados ao jogo do bicho tiveram suas prisões decretadas, em pleno comando das escolas de samba cariocas, houve tanta polêmica. Hoje, uma grande diferença, são as rápidas e contundentes tecnologias de comunicação.

O balanço da festa

A cultura é um setor estratégico na economia de vários países. Relatórios de organismos internacionais indicam que 7% do PIB do planeta decorrem deste produto. Apesar da grande diversidade cultural, América Latina e África controlam 4% da movimentação em que apenas cinco países detêm 60% de toda a produção. Efeitos da globalização e das formas de dominação impostas por grandes empresas transnacionais.

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