Para candidato, o aumento do salário mínimo regional e a desoneração dos alimentos vão ajudar a aquecer a economia
Mais pobres são os mais atingidos pela alta nos preços dos alimentos, que subiram em 7 das 8 capitais pesquisadas por FGV Ibre e tiveram a maior inflação em julho.
Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulado chega a 11,89% e a carestia dos alimentos pesa no bolso dos mais pobres.
A cesta básica do Procon e Dieese, além de alimentos, inclui produtos de higiene e limpeza. O preço médio passou para R$ 1.226,12 no encerramento de maio, superando o valor do atual do salário mínimo de R$ 1.212,00.
A economista Patrícia Costa, do Dieese, revela que a reajustes salariais não repõem inflação, fazendo o trabalhador perder poder de compra. Em maio de 2021, o comprometimento do salário era de 54,84%.
Altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande e Porto Alegre
As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%)
Valor vai se distanciando do ideal, desde que Bolsonaro acabou com a política de valorização do salário mínimo implantada pelo governo Lula.
Retire os preços do gás e do supermercado, então a diferença de inflação é reduzida significativamente.
Preços dos alimentos básicos, principalmente os que são commodities, seguiram elevados em 2021
Quando assumiu a Presidência, o valor da cesta básica correspondia a 46,59% do salário mínimo e um trabalhador de São Paulo precisava de um total de 102h50 para adquirir os alimentos básicos para a sobrevivência de um adulto. Três anos depois, a cesta já custa o equivalente a 59,52% e a sua aquisição demanda uma jornada de trabalho de 128h20, ou seja, de 25h30 a mais.
A projeção do Dieese é que o custo mensal para um adulto se alimentar ficará em torno de R$ 700 na capital paulista em janeiro, segundo informa a BBC News Brasil.