“Duas grandes chamas de esperança para a America Latina, mas também para o mundo inteiro. Dois exemplos que mostram que resistir e lutar vale a pena porque o lado da verdade, o lado da justiça é o lado de cá”
Em seu comentário semanal sobre geopolítica, Walter Sorrentino, Secretário de Relações Internacionais do PCdoB, aborda o significado, para o Chile e para a América Latina, da vitória popular no plebiscito chileno e os próximos desafios desta luta: “só o povo unido e mobilizado poderá assegurar as futuras vitórias”. Assista.
“Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista, destacou que ‘esta vitória deve forçar a unidade política da oposição. Sabemos que temos pensamentos diferentes, mas em relação à Carta Magna temos a obrigação de avançar o mais possível nos acordos’”.
Em plebiscito, os chilenos aprovaram uma nova Assembleia Nacional Constituinte
Parlamentares no Congresso Nacional repercutiram o resultado do plebiscito no Chile que acabou com a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet
A América Latina é destaque na análise internacional de Ana Prestes com o plebiscito do Chile, que aprovou a elaboração de uma nova Constituição; a tentativa de reativação da Unasul, a denúncia do governo venezuelano contra o embaixador da Espanha no país e a data da posse de Luis Arce na Bolívia. A postura retrógrada do Brasil na ONU em relação ao aborto, o aumento das taxas de infecção da Covid-19 na Europa e Estados Unidos e as negociações de paz entre Azerbaijão e Armênia também são temas em análise.
O resultado do plebiscito é categórico e irrecorrível . Depois de uma entrega muito difícil, a sociedade chilena reinicia sua transição para a democracia.
Cidadãos chilenos decidiram acabar com a Carta Magna de 1980, elaborada pela ditadura. A eclosão social do ano passado foi decisiva para esse processo constitucional.
Andrea Garafulic Aguirre foi morar em Santiago dois meses antes dos protestos
Por trás da consulta popular sobre a Carta Magna está a voz de milhares de pessoas que exigiam, em muitos dias de manifestações populares, o retorno à democracia.
A pressão dos Estados Unidos para o Brasil vetar a participação da empresa chinesa Huawei no leilão 5G, o plebiscito constitucional e as manifestações no Chile, a Assembleia da OEA e a pressão pela renúncia do seu secretário geral Luis Almagro, as eleições na Venezuela e a ainda obscura morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi são os assuntos da análise internacional de Ana Prestes.
Em 21 de setembro de 1976, Orlando Letelier, um ex-ministro do governo socialista de Salvador Allende, que vivia no exílio após o golpe apoiado pelos EUA que levou Augusto Pinochet ao poder no Chile, foi assassinado em Washington (EUA).