O presidente do Chile, Sebastián Piñera, reúne nesta terça-feira (30) representantes dos estudantes para negociar o fim da série de protestos, que dura três meses no país. A ideia é definir um plano de ação que prevê investimentos e mudanças na educação. Ontem, Piñera determinou a demissão do chefe da Polícia da área de Santiago, Sergio Gajardo.
Nos últimos meses, movimentos estudantis chilenos disseram ao mundo o que se passa de verdade no país, pedindo por educação gratuita e de qualidade. Ao mesmo tempo em que mostrou ao mundo quem são essas organizações, o movimento serviu para agregar setores em paralisações gerais e expôs o governo de Sebastián Piñera.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, declarou que seu país "nunca mais" voltará a ser ocupado por nações estrangeiras, durante a cerimônia de celebração do 82° aniversário da reincorporação da região de Tacna, que passou 50 anos sob domínio chileno.
Depois que um estudante foi morto à bala durante protesto em Santiago, no Chile, o governo e os líderes estudantis iniciaram a busca por um acordo para encerrar a série de manifestações que ocorre há três meses no país. O presidente chileno, Sebastián Piñera, pediu o empenho de todos para “não agravar o problema”. O diálogo será retomado nesta terça-feira (30).
Enquanto isso, presidente Sebastián Piñera garante que quer paz e diálogo, mas não se mostra aberto a colher reivindicações de estudantes mobilizados há mais de três meses
Por João Peres, na Rede Brasil Atual
Um jovem de 16 anos baleado durante os protestos que marcaram a paralisação geral realizada no Chile nos últimos dois dias. Manuel Gutiérrez Reinoso se tornou a primeira vítima dos confrontos entre manifestantes e policiais que vêm se enfrentando há três meses no país.
Cerca de 600 mil pessoas saíram às ruas do Chile na quinta-feira (25) no segundo e último dia de greve geral no país, convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT). Ao longo da jornada, houve intensos confrontos entre policiais e manifestantes, com dezenas de feridos.
Inúmeros artistas e estudantes chilenos transmitiram ao vivo o protesto bem humorado, realizado em 23 de agosto, em frente a Unesco. A ação visa impedir que os estudantes "morram de fome" devido ao descaso com a educação.
Milhares de pessoas participaram passeatas nesta quinta-feira (25) em quatro pontos de Santiago para se reunirem em uma grande manifestação no centro da cidade, no segundo dia de uma greve nacional de 48 horas, convocada por uma central sindical e apoiada por estudantes e professores.
Justiça chilena investigará a morte do general da Força Aérea do Chile Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michelle Bachelet, que faleceu em 1974, depois de ser torturado na Academia de Guerra, durante a ditadura militar (1973-1990).
Os chilenos iniciaram nesta quarta-feira (24) a primeira greve geral, de 48 horas, em duas décadas, desde que terminou a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). A paralisação, convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), é apoiada pela oposição e pelo movimento estudantil, que há três meses faz manifestações em favor de uma educação pública, gratuita e de melhor qualidade.
O primeiro dia da greve geral no Chile foi marcado por embates entre policiais e manifestantes nas principais ruas de Santiago, a capital do país. Por iniciativa dos estudantes e com apoio de várias categorias profissionais, a paralisação se estenderá até amanhã (25) em todo país. A relação de reivindicações inclui desde reformas na educação, em especial a defesa do ensino superior gratuito, até demandas específicas de cada setor.