A violência policial contra os estudantes chilenos, que se manifestam contra os retrocessos do governo daquele país, foi denunciada pela presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile Camila Vallejo, na audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (31). A presidente da Comissão, deputada Manuela d´Ávila (PCdoB-RS) entregou a moção de repúdio à violenta repressão aos protestos dos movimentos sociais no Chile.
A esperada reunião entre o governo chileno e movimentos estudantis programada para esta terça-feira (30), foi adiado. O objetivo do encontro era tentar definir um plano de ação que prevê investimentos e mudanças no setor e colocar um ponto final nos protestos organizados pelos estudantes, que já duram três meses e mobilizaram todo o país.
A greve de fome dos estudantes secundaristas chilenos, que terminou na noite da última quarta-feira (24), não foi o último capítulo da crise educacional que mobiliza o país há meses. No dia seguinte, o ministro de Saúde, Jaime Mañalich, declarou que cinco dos seis grevistas haviam engordado, e qualificou a greve como uma "farsa".
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, reúne nesta terça-feira (30) representantes dos estudantes para negociar o fim da série de protestos, que dura três meses no país. A ideia é definir um plano de ação que prevê investimentos e mudanças na educação. Ontem, Piñera determinou a demissão do chefe da Polícia da área de Santiago, Sergio Gajardo.
Nos últimos meses, movimentos estudantis chilenos disseram ao mundo o que se passa de verdade no país, pedindo por educação gratuita e de qualidade. Ao mesmo tempo em que mostrou ao mundo quem são essas organizações, o movimento serviu para agregar setores em paralisações gerais e expôs o governo de Sebastián Piñera.
O presidente do Peru, Ollanta Humala, declarou que seu país "nunca mais" voltará a ser ocupado por nações estrangeiras, durante a cerimônia de celebração do 82° aniversário da reincorporação da região de Tacna, que passou 50 anos sob domínio chileno.
Depois que um estudante foi morto à bala durante protesto em Santiago, no Chile, o governo e os líderes estudantis iniciaram a busca por um acordo para encerrar a série de manifestações que ocorre há três meses no país. O presidente chileno, Sebastián Piñera, pediu o empenho de todos para “não agravar o problema”. O diálogo será retomado nesta terça-feira (30).
Enquanto isso, presidente Sebastián Piñera garante que quer paz e diálogo, mas não se mostra aberto a colher reivindicações de estudantes mobilizados há mais de três meses
Por João Peres, na Rede Brasil Atual
Um jovem de 16 anos baleado durante os protestos que marcaram a paralisação geral realizada no Chile nos últimos dois dias. Manuel Gutiérrez Reinoso se tornou a primeira vítima dos confrontos entre manifestantes e policiais que vêm se enfrentando há três meses no país.
Cerca de 600 mil pessoas saíram às ruas do Chile na quinta-feira (25) no segundo e último dia de greve geral no país, convocada pela Central Unitária de Trabalhadores (CUT). Ao longo da jornada, houve intensos confrontos entre policiais e manifestantes, com dezenas de feridos.
Inúmeros artistas e estudantes chilenos transmitiram ao vivo o protesto bem humorado, realizado em 23 de agosto, em frente a Unesco. A ação visa impedir que os estudantes "morram de fome" devido ao descaso com a educação.
Milhares de pessoas participaram passeatas nesta quinta-feira (25) em quatro pontos de Santiago para se reunirem em uma grande manifestação no centro da cidade, no segundo dia de uma greve nacional de 48 horas, convocada por uma central sindical e apoiada por estudantes e professores.