O Ministério Público da Guatemala informou sobre a prisão de nove militares, incluindo um coronel do exército, que são acusados de execução extrajudicial no protesto pacífico de centenas de manifestantes camponeses que deixou oito mortos na semana passada.
Na última quinta-feira (4), o povo Maya K’che’, organizado em 48 territórios de Totonicapán (Guatemala), foi vítima de um ataque por forças de segurança do Estado, que terminou com sete pessoas mortas e 36 feridas.
Ao menos seis pessoas morreram e 40 ficaram feridas em um confronto entre forças do Exército, a Polícia Nacional Civil e camponeses, que protestavam contra o governo. Segundo dados preliminares difundidos nesta sexta-feira (5), os disparos e gases lacrimogêneos lançados provocaram o falecimento dos lavradores Santos Hernández, José Puac, Arturo Sapón, Jesus Caxaj, Jesus Puac e Rafael Batz
A Coordenação e convergência Nacional Maya Waqib'' Kej pediu ao governo guatemalteco a preservar a vida do dirigente indígena Domingo Hernández, intimidado nos últimos meses.
As manifestações protagonizadas nesta terça-feira (5) pela manhã por estudantes do magistério, em virtude de uma "falsa melhora do sistema educativo", tiveram um desfecho violento em Ciudad de Guatemala. Com a chegada das forças anti-motins da Polícia Nacional Civil, comandadas pelo ministro do Interior, Mauricio López Bonilla, estudantes e policiais se enfrentaram. Pelos menos quatro manifestantes e três policiais saíram feridos.
As trabalhadoras de montadoras, também conhecidas como maquiladoras, denunciaram que seus direitos trabalhistas seguem sendo violados e que existe uma evidente discriminação e exploração da mão de obra feminina, afirmações que ficaram registradas na "Declaração de Chimaltenango II”, resultado do III Congresso de Mulheres Trabalhadoras da Guatemala e será entregue à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A Justiça da Guatemala analisa, esta semana, o processo contra o ex-presidente Efrain Rios Montt (1982-1983), 85 anos, pelo massacre de 201 agricultores, no Norte do país. General da reserva, Montt governou o país no período da ditadura militar e é acusado ainda pelo genocídio de 1,7 mil indígenas. Para a juíza Carol Patricia Flores, o Ministério Público apresentou provas suficientes que asseguram a realização do julgamento.
Recursos legais apresentados pela defesa adiaram nesta quinta-feira (12) o processo para julgar o ex-ditador guatemalteco Efraín Rios Montt por genocídio durante o período que esteve no poder (1982-1983).
Milhares de camponeses guatemaltecos apoiados por organizações sociais chegarão nesta terça-feira (27) ao centro da Cidade da Guatemala, onde o presidente Otto Pérez Molina confirmou que os receberá para tentar solucionar suas necessidades.
Com a pena de 6.060 anos de prisão ditada ao ex-militar guatemalteco Pedro Pimentel, encerrou-se nesta terça-feira (13) o julgamento pela matança perpetrada em 1982 em uma comunidade indígena.
A Justiça da Guatemala anunciou que vai processar por genocídio e crimes de guerra José Efraín Ríos Montt, de 85 anos, apontado como ex-ditador do país (1982-1983). No entanto, Montt será mantido em prisão domiciliar devido à idade. A Justiça impôs ainda a Montt uma fiança de cerca de US$ 62 mil como medida de segurança para garantir que ele não fugirá. Ele também está proibido de se comunicar com pessoas envolvidas no processo.
A repórter do The Miami Herald, Frances Robles, recebeu informação de que em Honduras havia prisões onde os presos tinham a liberdade de deixar a reclusão para cometer crimes, sendo que quem patrocinava os ilícitos eram os próprios chefes carcereiros. Frances viajou a este país centro-americano para descobrir que a situação havia se deteriorado de tal maneira que o motivo que a levou a realizar sua cobertura ficou pequeno.
Por Salvador Camarena*, em seu blog no El País