Número de britânicos que consideram a monarquia “muito importante” (29%) é o menor em 40 anos
Contra o desejo do leito de morte do príncipe português, é a segunda vez que militares resolvem tirar seus restos mortais de Portugal, envolvendo-o numa efeméride que pouco lhe interessava.
O rei emérito da Espanha, Juan Carlos I, fugiu do país nessa última segunda-feira (3), para escapar de investigações que o envolvem em graves acusações de corrupção. O Partido Comunista da Espanha (PCE), divulgou, nesta quarta-feira (5), um comunicado onde exige o fim da decrépita monarquia e a instalação de uma República.
"A secreta Maçonaria se revela na eleição". Este é o título da reportagem publicada no Estadão deste domingo (16). Ela mostra a crescente presença desta confraria arcaica no processo político brasileiro.
Por Altamiro Borges*, em seu blog
Chamaram-lhe “proclamação” por ser a palavra mais neutra possível na circunstância, mas não deviam ter vergonha em chamar-lhe coroação, entronização, o que quer que seja. Os mentores do regime espanhol, com as cabeças guiadas pelos fantasmas, temores e interesses que levaram Franco a fuzilar a república em 1936, tentaram agora despir a monarquia dos principais ademanes e parafernália, mas ela não deixou de ser monarquia.
Por José Goulão*, em Jornalistas sem Fronteiras
O novo rei da Espanha, Felipe VI, coroado apesar das reivindicações massivas por referendo sobre a monarquia, convocou o país a unificar-se. Em discurso de posse nesta quinta-feira (19), o monarca, que assume o trono após a abdicação do seu pai, em crescente insatisfação popular com o regime, disse respeitar a diversidade entre as regiões autônomas. O grupo parlamentar de esquerda, entretanto, voltou a afirmar oposição à posse, efetivada em detrimento da vontade popular por uma democracia real.
Diversos grupos políticos de esquerda reuniram-se nesta quinta-feira (5), na capital espanhola, Madri, para debater alternativas no país e avançar com a exigência de um referendo popular sobre a monarquia, que enfrenta um contínuo rebaixamento da sua avaliação. Em declaração conjunta emitida após a reunião, as forças presentes destacam a grave situação de crise, enquanto o regime monárquico tenta “impor ao povo outro rei”, desde o anúncio do atual monarca, Juan Carlos, da sua abdicação.
Diversas forças de esquerda na Espanha têm se manifestado pela realização de um referendo sobre a monarquia. Nesta segunda-feira (2), o anúncio da abdicação do rei Juan Carlos foi um novo impulso e um documento de 2013 voltou a ser divulgado pela Esquerda Unida – que aglomera movimentos e partidos comunistas e outros da esquerda – pedindo a consulta. Entretanto, o presidente do Governo, Mariano Rajoy, que defende a monarquia, disse que para realizá-la seria necessária uma reforma Constitucional.
O rei Juan Carlos da Espanha decidiu abdicar do trono a favor do seu filho, Felipe VI, príncipe das Astúrias. O anúncio foi feito pelo presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, nesta segunda-feira (2), quando pediu também a “calma” da população para que a sucessão ocorra com “normalidade, como mais uma expressão da maturidade da nossa democracia.” De acordo com o Centro Espanhol de Investigações Sociológicas (CIS), o rei abdica em um momento de baixa avaliação da monarquia.
O envolvimento de Cristina de Burbón y Grécia, filha do rei da Espanha, em um caso de corrupção política tem ocasionado debates nacionais sobre os privilégios dados à realeza, num país monárquico, mas inserido na defesa de uma “democracia ocidental.” Nesta quinta-feira (30), novos detalhes sobre a sua convocação para depor retomam os debates sobre o tema.
A Coordenadora 25S, da Espanha, comemora um ano da convocatória para as manifestações “Rodeie o Congresso”, nesta quarta-feira (25), e convocou para sábado (28) um protesto contra a monarquia espanhola. Sob o slogan “Xeque ao Rei”, a coordenadora constituiu-se a partir da “Plataforma em pé”, para acolher assembleias e coletivos que queiram participar, de acordo com a sua página oficial, que contabiliza mais de 90 associações apoiantes.
Dezenas de milhares de pessoas saíram no último domingo (14) pelas ruas de Madri em comemoração ao 82º aniversario da II República (1931-1939), uma marcha que simboliza oposição ao regime monárquico. O público, que andou por um percurso da praça Cibeles até a praça Sol e ostentava bandeiras tricolores (vermelha, amarela e roxa) da época republicana foi o maior registrado nos último anos, em um momento em que a coroa espanhola atravessa um mau momento.