Seis membros do Conselho Legislativo Palestino, do grupo parlamentar do Hamas, foram libertados nesta segunda-feira (2), depois de terem sido mantidos, em "detenção administrativa", em prisões israelenses, durante mais de três anos.
Os palestinos estão se suicidando por falta de perspectivas. O bloqueio imposto por Israel é a principal razão. De janeiro deste ano até agora mais de 250 palestinos tentaram o suicido. Na Faixa de Gaza foram 95 tentativas, com sete mortos.
Por Georges Bourdoukan
Centenas de palestinos são mantidos atrás das grades em Israel sem acusações formais e sem acesso a um julgamento justo. Nem mesmo seus advogados têm permissão de ver as evidências que pesam contra eles. Alguns governos no Ocidente expressaram preocupação, mas os israelenses não reagiram.
A Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) acusou nesta sexta-feira (23) Israel por impedir o partido de atuar na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, enquanto ao mesmo tempo a milícia ligada ao partido reivindicou um ataque contra militares da força de ocupação israelense.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, anunciou na quarta-feira (21) que convocará eleições presidenciais e legislativas para o dia 24 de janeiro de 2010, uma ação interpretada como uma "pressão" para obter uma reconciliação palestina.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta sexta-feira (16) o Relatório Goldstone sobre a Guerra de Gaza, que acusa o exército israelense de uso desproporcional da força, acusando as forças de ocupação de Israel, assim como o Hamas, de cometer crimes de guerra. Durante a guerra, no início do ano, morreram 1.400 palestinos e 13 israelenses.
O secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, tem apoiado a missão de inquérito do Juiz Richard Goldstone sobre os acontecimentos militares em Gaza desde a sua criação e quer que israelenses e palestinos realizem, sem atrasos, investigações internas credíveis sobre a conduta dos dois lados na guerra, informou nesta quarta-feira (14) a Rádio das Nações Unidas.
Omar Barghouti, palestino fundador de um movimento de boicote a Israel, pede que a ONU aja de forma contundente contra Israel a partir do resultado do Relatório Goldstone, conduzido pela organização e que denunciou crimes de guerra cometidos pelos ocupantes israelenses na Faixa de Gaza, em dezembro e janeiro últimos.
A solução do conflito israelo-palestino hoje parece tão problemática que caiu vários pontos no tratamento da mídia dos Estados Unidos. Os recentes confrontos em Jerusalém não foram manchete. A chegada à região nesta quarta-feira (7) de George Mitchell, o enviado especial do presidente Barack Obama, não despertou mais que um interesse polido, fora do círculo dos especialistas.
Por Sylvain Cypel, correspondente do Le Monde em Nova York
Documento indica que as forças de ocupação israelenses e alguns rebeldes palestinos foram responsáveis por ações que podem representar crimes de guerra e contra a humanidade; chefe da missão da ONU, juiz Goldstone, pediu envio do relatório ao Conselho de Segurança.
O deposto primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina pela Movimento de Resistância Islâmica (Hamas), Ismail Haneya, enviou na terça-feira (22) uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dizendo que seu governo apoia os esforços para estabelecer um Estado palestino.
A comissão das Nações Unidas montada para investigar as operações bélicas israelenses durante os 22 dias de ataques a Gaza e no seu entorno concluiu os seus trabalhos, que serão analisados até o fim de setembro pela ONU. O relatório tem 575 páginas e vem instruído com 188 testemunhos, 1,2 mil fotografias e 10 mil páginas de documentos recolhidos em cinco meses de investigações.