Em busca de uma solução pacífica para encerrar a crise na Síria, representantes do Brasil, da Índia, da África do Sul e da Turquia estão nesta quarta-feira (10) em Damasco com autoridades ligadas ao presidente sírio, Bashar Al Assad. A ideia é tentar conter a violência no país e obter garantias do governo sobre a consolidação de um acordo.
Lobbies sionistas localizados na Europa e nos Estados Unidos são as forças que estão por trás da conspiração antigovernamental em curso na Síria, com ajuda financeira, política e midiática para os gangues, em estreita cooperação com potências regionais e internacionais, denunciou nesta terça-feira o jornal libanês al-Binaa.
Durante o mês de julho, viajei pela Síria, com o objetivo de entender melhor, pessoalmente, a origem do atual conflito político. Circulei livremente pelo país, a partir de Dera, por Damasco, Homs, Hama, Maraat-an-Numan, Jisr-al-Shigur, na fronteira com a Turquia, até Deir-ez-Sor, locais, todos esses, onde a imprensa noticiou irrupções de violência.
Por Pierre Piccinin*
O governo dos Estados Unidos estuda a aprovação nesta sexta-feira (5) de mais sanções contra Síria, depois de as Nações Unidas terem feito uma censura pública ao governo de Damasco, acusando-o empregar a violência contra a população civil.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, promulgou nesta quinta-feira (4) um decreto estabelecendo mudanças na lei eleitoral do país, abrindo espaço para a existência de outros partidos políticos além do Baath. Os Estados Unidos não perderam tempo e já abriram uma bateria de críticas contra a medida. Para os EUA, só interessa a derrubada de Al-Assad.
O chefe do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma Estatal da Rússia, Konstantin Kossatchev, em discurso proferido no parlamento, afirmou que é preciso resolver o problema na Síria políticamente, manifestando-se também contra uma interferência estrangeira.
De acordo com agências de notícias do todo o mundo, a UE aprovou um novo pacote de sanções – o terceiro – mais duras contra a liderança síria.
A Alemanha advertiu nesta terça-feira (2) contra um chamado a uma intervenção militar na Síria e argumentou que a situação nesse país é diferente da vivida na Líbia.
A emissora do governo da Síria levou ao ar nesta segunda-feira (1/8) um vídeo amador que mostra homens armados, na cidade de Hama, disparando contra forças de segurança e, em seguida, lançando os corpos dos assassinados no ataque nas águas do rio Orontes.
Brasil, Índia e África do Sul querem enviar, dentro de no máximo duas semanas, uma missão a Damasco para conter a violência e consultar sobre as reformas prometidas pelo presidente Bashar Assad.
Em função dos recentes confrontos na Síria, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) publicou nessa segunda-feira (25) nota de solidariedade ao presidente Bashar Al Assad, apoiando a sua postura anti-imperialista. A nota é assianda pelo presidente nacional do partido, Renat Rabelo e pelo Secretário de Relações Internacionais da organização, Ricardo Abreu.
O presidente sírio, Bashar Assad, enviou ao Brasil seu vice-chanceler, Fayssal Mekdad, para agradecer o apoio dado pelo governo a seu país no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Em março, o Brasil disse “não” a uma resolução proposta por países imperialistas com finalidades de intervenção na Sìria.