Cerca de 5 mil trabalhadores promoviam um ato pacífico da CUT, CTB com o apoio da UNE, UBES, MST e diversos movimentos nesta terça-feira (7) em Brasília, contra o projeto de lei que vai regulamentar a terceirização irrestrita do trabalho quando a polícia agiu de forma truculenta para impedir os manifestantes de ingressarem no Congresso Nacional.
Para cientistas políticos, exemplos de predominância do ideário conservador no primeiro trimestre se sucedem no parlamento e país vive 'crise da institucionalidade política'.
Os trabalhadores do Brasil estão na linha de fogo do PL 4330, uma proposta conservadora que destrói direitos e precariza o mundo do trabalho. Nesta terça-feira (7), Brasília foi palco de uma ação truculência da polícia Militar e Legislativa, que reprimiu, de forma violenta, cerca de de 5 mil manifestantes que protestavam contra a votação do Projeto de Lei (PL) 4330/04, que visa legalizar por completo a terceirização do mercado de trabalho no Brasil.
Em vídeo, Orlando Silva, deputado federal (PCdoB/SP) e vice-líder do governo, reafirma posição da bancada do Partido sobre o PL 4330 que libera a terceirização. Segundo ele o PCdoB está em luta contra o projeto que rasga a CLT e realiza um ataques brutal aos trabalhadores.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (7), por 316 votos favoráveis, 166 contrários e três abstenções, a urgência do projeto que regulamenta a terceirização. A proposta, que amplia a terceirização para todas as áreas de uma empresa, será votada nesta quarta-feira (8). A bancada do PCdoB já adiantou o voto contrário à proposta em apoio aos movimentos sindicais e sociais que veem na proposta uma ameaça aos direitos trabalhistas.
O Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), vinculado ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), aponta que a lista com os cem maiores devedores na Justiça do Trabalho no Brasil está repleta de empresas que prestam serviços terceirizados ao mercado. O ranking é liderado pela falida companhia prestadora de serviços de transporte aéreo, a Vasp.
Com objetivo de defender os direitos conquistados ao logo dos anos pelos trabalhadores, os dirigentes da Contag e agricultores de Goiás participaram, nesta terça-feira (7), da manifestação mobilizada pelas centrais sindicais em frente ao Congresso Nacional, contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização irrestrita das relações de trabalho.
Esta terça-feira (7) foi marcada por uma intensa jornada de luta dos trabalhadores em todo o Brasil contra a terceirização da mão de obra. Em Brasília, onde aconteceu o maior ato, os manifestantes foram recebidos de forma extremamente truculenta pela polícia, a UBM lançou uma nota em repúdio à ação policial e ao projeto de lei que regulamenta a terceirização.
As manifestações das centrais sindicais e movimentos sociais contra o PL 4.330, que trata da terceirização, “deixa nítidos os conflitos de classe” em que o empresariado está interessado no lucro e trabalhadores lutando pela preservação de direitos. A afirmação é de Paulo Vannuchi, ex-ministro e integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE) se manifestou na última terça-feira (07/04) na tribuna da Câmara Federal, alertando para os perigos representados pelo projeto de lei 4330/04, que trata da terceirização de trabalhadores.
Mesmo sob manifestação de trabalhadores em vários estados do país, o plenário da Câmara aprovou na noite desta terça-feira (7) o requerimento para votação em regime de urgência do projeto de lei que regulamenta a terceirização (PL 4.330/04), de autoria do ex-deputado e empresário goiano Sandro Mabel. Foram 316 votos a favor, 166 contra e 3 abstenções. Com a aprovação da urgência, o PL está pronto para ser votado antes de outras proposições que estão na pauta de votações da Câmara.
"O PCdoB não aceitará ataques aos direitos dos trabalhadores", avisa o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB/BA), ao criticar texto do PL 4330 que regulamenta a terceirização, precariza o trabalho e destrói conquistas importantes das classe trabalhadora.