Madri sediará cúpula da OTAN e milhares saem às ruas em protesto pela paz

As manifestações deste domingo reuniram partidos de esquerda, comunistas, Esquerda Unida e Podemos, contra a OTAN e pela Paz

A cidade de Madri , na Espanha, será sede da próxima cúpula da Aliança Atlântica, entre os dias 28 e 30 de junho. Milhares de pessoas se reuniram no centro da capital espanhola, neste domingo (26), exigindo a dissolução da OTAN e pela paz. A organização militar ocidental está por trás da atual guerra na Ucrânia, ao pretender ampliar sua presença no Leste Europeu, o que não é aceito pela Rússia.

As manifestações deste domingo reuniram partidos de esquerda, comunistas, Esquerda Unida e Podemos. Os manifestantes marcharam ao longo do Paseo del Prado Boulevard carregando bandeiras. Com os espanhóis também estiveram delegações de outros países, como os comunistas gregos, que vêm exigindo a retirada das bases norte-americanas daquele país e têm rechaçado o envio de armas pelo solo grego ao conflito na Ucrânia. Sul-coreanos portavam faixas com os dizeres “dissolva a OTAN, um veículo de guerra imperialista” e “Oponham-se à adesão da Coreia do Sul à OTAN”.

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Os manifestantes defenderam a resolução dos conflitos por meios pacíficos e diplomáticos e a necessidade de uma desescalada militar e contenção dos gastos militares, cujo aumento corta recursos imprescindíveis à saúde, à educação, à aposentadoria e ao combate à crise ambiental.

A OTAN foi criada em 1949, é dirigida pelos Estados Unidos e seus interesses e, desde então, promove a guerra enquanto faz um discurso de paz. Na cúpula que acontece nessa semana, a previsão é que se decida pelo aumento de militares em alta prontidão de 40 mil para 300 mil, segundo informações dadas à imprensa pelo secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg. É o maior contingente militar mobilizado desde o fim da guerra fria.

Milhares foram às ruas na capital espanhola

A mídia tem amplificado as declarações do secretário da OTAN de que será uma cúpula “histórica”, que irá aprovar um “novo conceito estratégico” – o que é visto como a reiteração da interferência na região do Pacífico, tendo a China como alvo, e uma política de exacerbação das provocações contra a Rússia.

A OTAN, depois de se recusar a discutir com a Rússia a restauração na Europa do princípio da “segurança coletiva e indivisível”, o fim da “expansão a leste” e a volta às linhas de 1997, vem travando uma guerra por procuração com a Rússia na Ucrânia, estimulou Suécia e Finlândia a abandonarem a tradicional política de neutralidade e, pela primeira vez, o Japão participará como convidado.

Vídeo com resumo da manifestação em Madri

Com agências

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