“A maioria dos clássicos tratou desses temas de maneira mais ou menos abrangentes. As diversas internacionais aprovaram resoluções e campanhas à respeito. ” (*)
O Portal Vermelho republica o artigo de Augusto Buonicore em razão da da data de transcurso dos 132 da abolição da escravatura e para homenagear o próprio autor, estudioso do tema e que faleceu recentemente.
Em homenagem ao historiador Augusto Buonicore, falecido nesta quarta-feira (11) republicamos este seu texto bastante pertinente no momento atual, em que aborda a construção da Frente Ampla.
Marx, ao contrário de toda a historiografia liberal, tenta demonstrar que a luta de classes é que “criou na França as circunstâncias e as condições que permitiram a um personagem medíocre e grotesco representar o papel de herói”, no caso Napoleão III. O autor faz uma apresentação da essência das Constituições burguesas. Elas nos garantem ‘amplas liberdades’, para logo em seguida remeter a sua regulamentação às leis orgânicas que, na prática, as restringem. Os limites das liberdades burguesas são sempre a “segurança pública” e a “propriedade privada”.
Em artigo inédito, Augusto Buonicore analise as relações entre o cristianismo e o comunismo, trazendo reflexões Rosa Luxemburgo, Kautsky para mostrar como a luta dos trabalhadores e a religião se desenvolveram ao longo dos séculos até os dias atuais, e alerta: Tomemos cuidado com esses novos Messias que agora defendem os ricos, disseminam o ódio aos diferentes, a tortura, o armamento geral e até o genocídio.
A conquista da maioria na Câmara dos Deputados e a eleição de inúmeros governadores deram novo ânimo à oposição. Agora o maior obstáculo para que ela pudesse chegar ao poder central era o Colégio Eleitoral e sua maioria governista. A única saída seria a aprovação da eleição direta para a presidência da República. Uma emenda neste sentido já havia sido apresentada pelo deputado Dante de Oliveira e estava parada no Congresso Nacional.
Neste ensaio, o autor traça um amplo painel da luta das mulheres pela sua libertação e analisa o papel desempenhado pelo movimento socialista nesse prolongado e complexo processo. Mostra a resistência do liberalismo clássico burguês em relação à extensão dos direitos políticos às mulheres. E as contribuições dos marxistas à construção de uma concepção emancipacionista entre os séculos XIX e XX. Por fim, aborda os avanços e impasses na situação da mulher na experiência soviética.
Existem várias passagens desconhecidas na história da esquerda e dos comunistas brasileiros. E é justamente nos interstícios dos esquecimentos que alguns mitos são construídos.
Este texto é uma das apresentações à segunda edição do livro Dialética Radical do Brasil Negro, do professor Clóvis Moura. Esta obra estava se tornando uma verdadeira raridade bibliográfica. Fato que acarretava grandes prejuízos àqueles estudiosos e militantes dos movimentos sociais que desejavam ter contato direto com essa interpretação radical e original da formação social brasileira.
O ano de 1968 foi marcado pela primeira grande crise do regime militar. Acontecimentos como esse impactam fortemente os partidos políticos, especialmente os que procuram representar os interesses nacionais e populares. Este artigo tratará da atuação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) naquela rica conjuntura. A história desta organização continua sendo um dos buracos da historiografia da esquerda brasileira, apesar dos avanços ocorridos nestes últimos anos.
"As lições daquela grande batalha política continuam bastante atuais. Para vencer, ontem como hoje, é preciso construir uma ampla unidade de todas as forças democráticas e populares, tendo como núcleo a esquerda. A divisão e o sectarismo são o caminho mais curto para a derrota.