A estratégia do PCdoB é centrada na consecução do que chamamos de Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento (NPND) que se constitui, desde então, no caminho brasileiro ao socialismo.
O maior hit do carnaval foi uma música cheia de pretensão. Contendo uma certa negação à pretensão. A curta letra de “Lepo Lepo”, da banda baiana Psirico, acusa tanta profundidade que o próprio vocalista da banda a insinua como “um grito contra o capitalismo”. No mínimo interessante.
Prestar uma homenagem a Ignacio de Mourão Rangel por passagem de seu centenário de nascimento neste curto espaço não é uma tarefa das mais fáceis. Honestamente, fiquei em dúvida com relação ao título desta coluna. Por um instante pensei em titulá-la como “Ignacio Rangel, 100 anos: o caminho brasileiro ao socialismo”.
Uma das características do tempo presente está na dispersão de bandeiras e certo desaparelhamento dos movimentos sociais diante de pautas que estão se impondo. Resultado direto de duas décadas de retrocesso no campo das ideias, o momento é de refletirmos sobre o que é fundamental.
Cada vez que vejo um aeroporto em obra, uma nova via sendo construída, novas linhas de metrô, VLT, pontes e viadutos a única coisa que penso é a seguinte: sou contra o Brasil sediar a Copa do Mundo uma vez. Deveria se candidatar e ganhar o direito de sediar a Copa do Mundo mais umas duas vezes.
A crise iniciada em 2008, e sem hora para acabar, ao atingir o nosso país – mesmo que tardiamente – acelerou a necessidade de construção de um bloco político de afinidades de esquerda. Esta tarefa vai se impondo na mesma proporção em que um crescimento pautado pelo incentivo ao consumo deu sinais de claro esgotamento.
Tem-se falado muito aqui em Brasília do fim de um ciclo e necessidade de reagrupamento de nossas forças. Os sociólogos e políticos, em geral, falam da conformação de uma “nova maioria” capaz de tocar adiante o aprofundamento de mudanças iniciadas em 2003. O foco é a política e a transformação qualitativa da correlação de forças. E o elemento subjetivo?
“O que você faria hoje se estivesse no lugar de Guido Mantega?”. Essa foi uma das questões levantadas a mim por conta de minha apresentação ao seminário “UJS 30 Anos: Em Defesa do Brasil, Da Juventude e Do Socialismo”. Minha resposta ficou na tangente. “Questão a-histórica, pois no dia em que for ministro da Fazenda, no Brasil reinará outra hegemonia – outra correlação de forças”.
É muito comum ouvirmos neste início de ano alguns termos compostos do tipo “O desafio da nação para o ano” etc. Mas qual seria o verdadeiro desafio da nação? Será que seria o próprio desafio de ser nação propriamente dita? E o que impede de fato de deslancharmos como tal?
Na vida existem momentos em que um acontecimento pode gerar um turbilhão de coisas, necessidade de discussão e a própria relação consigo mesmo. Na política e na economia, idem. Parece que o Brasil vive mais um momento desses.
A não solução do problema de Honduras e as imposturas do imperialismo no Haiti, numa grande jogada bandida, levaram os “meios de comunicação” em conluio com uma das piores direitas do mundo a iniciar nova onda de contestação à nossa política externa. Ela é equivocada e/ou voluntarista?
Como muitos já sabem, estou em fase final de redação de minha tese de doutorado. O que penso sobre a vida e as coisas ao nosso redor são muito claras para quem me acompanha neste espaço. Acho que devemos, inclusive, ter a coragem de colocar nossa “cara a tapa” acerca de nossa produção intelectual. Por isso, dou uma deixa aos interessados em minhas opiniões, expondo abaixo uma parte de minha pesquisa de doutorado. Mais exatamente o último subtítulo do capítulo 2.