Metalúrgicos de São Paulo e do Paraná começaram suas campanhas salariais deste ano com duas táticas diferentes pela forma de reivindicar e muito semelhantes nos pressupostos da conjuntura.
São números grandiosos. A Justiça Eleitoral divulgou que nas próximas eleições estarão aptos a votar 135.804.311 brasileiros (se não me enganei na soma). Escolherão entre 20.839 candidatos a presidente, governadores, senadores (dois por Estado), deputados federais e deputados estaduais.
Com o crescimento acelerado da economia aparecem, aqui e ali, obstáculos e entraves. A própria dinâmica virtuosa ao explicitar as falhas, aponta a direção para seu enfrentamento com êxito.
Todos estamos assistindo ao espetáculo do crescimento ainda que alguns renitentes insistam em subestimá-lo, criar limites artificiais para ele ou torcerem contra. Torcem contra o Brasil.
Há dois livros que merecem ser lidos e estudados por todos aqueles que se interessam pela luta dos trabalhadores e pelo movimento sindical.
A melhor ocasião para se travar uma batalha é depois de uma vitória, ensinava Napoleão.
A conjuntura favorável à luta dos trabalhadores faz aparecer, em todos os quadrantes, notícias de vitórias e realizações.
Com o aquecimento da economia, criação de empregos e procura de trabalhadores qualificados, obtenção de ganhos reais e uma sensação de “querer é poder”, é compreensível e explicável que aconteçam campanhas emergenciais para o aumento dos salários e benefícios.
Nos últimos anos o movimento sindical brasileiro tem sido vitorioso em suas lutas. Uma das chaves deste sucesso é a unidade de ação das centrais sindicais. Esta unidade tem impulsionado o movimento e garantido o fortalecimento de todos os seus componentes.
O movimento sindical quer muito pouco, mas o que ele quer representa muito para milhões de trabalhadores e para a sociedade.
Estamos vivendo um período muito peculiar do ano; ele se caracteriza, no dito de José Sarney, pelo “movimento parado”.
Estas notas devem ser lidas como complemento (e confirmação numérica) do meu artigo “Malhando em Ferro Quente” que João Franzin da Agência Sindical renomeou o “Poder do Salário Mínimo”.