A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

João Quartim de Moraes

Professor universitário, pesquisador do marxismo e analista político.
Morte e sobrevida do comandante bolivariano

Estamos cansados de saber que todos os homens são mortais, mas sofremos um choque muito forte quando a morte golpeia um personagem da estatura de Chávez, finalmente vencido, após longa agonia, por um câncer tenaz, num momento em que sua presença na linha de frente das transformações sociais em curso na Venezuela era mais necessária do que nunca.

Os neoliberais e a pujança chinesa

Dias depois do golpe de 1964, os esbirros da ditadura prenderam um grupo de chineses que compunham uma delegação comercial em visita a nosso país. Os energúmenos fardados que para gáudio dos milionários, das marchadeiras e outros clérico-fascistas, tinham derrubado o que chamavam o governo comuno-peleguista de João Goulart, anunciaram tratar-se de mais uma prova do perigo de uma “ditadura comunista”.

Fizeram a cabeça do supremo

Do ponto de vista da esquerda, é difícil saber qual dos dois, o Estadão ou a Folha, é o mais hostil. Aquele é mais arrogante, esta mais solerte. Na vasta ofensiva ideológica da direita propiciada pela Ação Penal 470 (que chamam “mensalão”), o papel mais agressivo ficou com o jornal da famiglia Mesquita.

O STF, os barões da imprensa e o veredicto do povo

Estamos incontestavelmente diante de um progresso da civilização brasileira: habituada a chegar ao poder, uma vez derrotada nas urnas, pela rude técnica do golpe de Estado, a direita aposta agora no STF. Dos tanques na rua às nunca inocentes casuísticas e filigranas elaboradas pelas eminências togadas que compõem o pretório excelso, o avanço dos métodos é indiscutível; pode-se compará-lo ao que ocorreu com a extração de dentes graças à invenção da anestesia.

Ditadura: mal necessário?

Já desconfiávamos, mas a partir de fevereiro de 2010, tivemos certeza: o garboso supremo ministro M. A. Mello considera a ditadura “um mal necessário”. Foi o que ele respondeu ao estafeta da mediática televisiva que perguntou sua opinião sobre o escabroso tema e em especial sobre se havia em 1964 o risco de uma “ditadura comunista”. Mello comentou: “Tendo em vista o que se avizinhava, teríamos que esperar para ver; foi melhor não esperar”.

Ditadura militar: os nomes e os fatos

As anotações do mês passado sobre o “aprimoramento” da expressão ditadura militar valeram-me comentários e mensagens bem acima da média habitual. Sinal evidente de interesse pela questão que tinha sido reativada por Pedro da Rocha Pomar no artigo “O modismo “civil-militar” para designar a Ditadura Militar”. 

Sobre o “aprimoramento” da expressão ditadura militar

O recente e oportuno artigo de Pedro da Rocha Pomar criticando, como diz o título, “O modismo ‘civil-militar’ para designar a Ditadura Militar”, tem o duplo mérito de mostrar as falácias de uma nada inocente manipulação terminológica e de reativar a análise do regime que violentou o Brasil de 1964 a 1985.

A Síria em guerra

Comentadores de política internacional que não estão a serviço dos meios de intoxicação mental imperialista, nem são “habitués” de embaixadas estadunidenses, consideram a invasão da Síria a operação de guerra secreta mais importante desde a que os chamados “Contras”, bandos de mercenários estipendiados por R. Reagan, empreenderam nos anos 1980 para desestabilizar o governo revolucionário da Nicarágua.

Os abutres da Otan alçam voo novamente

Numa de suas primeiras declarações, ao ser eleito presidente da França, François Hollande preconizou uma intervenção da Otan na Síria. Seu predecessor,o gnomo maligno Sarkozy, tinha destruído a Líbia.

Os torturadores e a batalha da memória

Quaisquer que venham a ser os resultados da Comissão da Verdade, sua formação representa um passo adiante na luta contra a impunidade completa de que até hoje desfrutam os torturadores a serviço da máquina de repressão montada pela ditadura militar. Os nostálgicos do terrorismo de Estado vinham até agora impedindo que o Estado brasileiro tomasse uma iniciativa suscetível de lançar luz sobre os crimes que eles cometeram.

Tabagismo, intolerância, udenismo

Que o PV faz muita aliança com a direita, já sabíamos. Que está se tornando um partido de direita é notícia mais recente.

A “primavera” de sangue na Síria

Esgarçados pela longa crise que explodiu em 2007, chafurdando na estagnação e no desemprego, os países que compõem o cartel da Otan têm se servido criminosamente da superioridade bélica que lhes conferem seus arsenais balísticos para manter pela força uma posição dominante no cenário internacional.

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