“União nacional, diálogo, entendimento, conciliação, trégua são nomes de um estado de espírito que está se formando na comunidade nacional.”
“De Norte a Sul do Brasil, estou pregando, em praça pública, a unidade nacional. Prego a concórdia, a construção do futuro, e não me prendo aos pesadelos do passado.”
Tancredo Neves.
Ao me deparar com um cartaz esmeradamente confeccionado e exposto na Savassi (bairro nobre de Belo Horizonte) afirmando que “Somos todos Sérgio Moro” fiquei a imaginar o que significaria adotar esse estilo de vida (e de justiça).
“Todo jornal que eu leio
Me diz que a gente já era
Que já não é mais primavera
Oh baby, oh ba…by
A gente ainda nem começou”
Raul Seixas (Cachorro Urubu).
Fidel foi Fidel. Não há como compará-lo a Camilo, Che, Raúl ou qualquer outro revolucionário de Cuba ou do mundo. Nem mais, nem menos, apenas Fidel.
Sofrendo intenso bombardeio midiático e feroz ataque dos conservadores de todos os matizes – impulsionado à milésima potência com o advento das redes sociais – o Partido dos Trabalhadores (PT) foi para as cordas. E mesmo segurando-se para não cair, esperando o soar do gongo, continua recebendo pancadas de todos os lados, inclusive de sua própria “equipe”.
É um grande erro atribuir à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 o papel de limitar gastos públicos – como se já não houvesse inúmeros mecanismos para tal. Ela congela investimentos. Há uma grande diferença.
Os golpistas estavam profundamente preocupados com a consolidação da tese do golpe entre a sociedade. Não que houvesse ilusões no sentido oposto, mas é que a identificação do golpe parlamentar/midiático/judiciário, por ampla parcela da opinião pública, nacional e internacional, parecia ter vindo cedo demais.
Nos noticiários sobre meteorologia, é muito comum ouvirmos que o clima para o dia tal será de muito calor ou de muita chuva, por exemplo. Mas na verdade, há um grande erro conceitual nesta afirmação.
Partidos ditos de esquerda e seus adeptos que foram às ruas – e ocuparam as redes sociais – exigindo “Fora Todos” sumiram de cena. Escafederam-se. Agora, quem ocupa o picadeiro é o governo Temer (não mais interino).
Na última segunda-feira (27) o Valor Econômico publicou o artigo intitulado “Conteúdo local prejudica Petrobras, diz TCU”, redigido por Murilo Camarotto e Andrea Jubé. No referido texto, de viés fortemente contrário à chamada política de estímulos à produção local, há uma série de inferências e afirmações baseadas na auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
A extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) não foi o maior dos golpes desfechados pelo governo Temer contra o desenvolvimento nacional. Mas é muito provável que seja o mais simbólico.
O Golpe continua fazendo estragos em todas as áreas. É parecido com uma avalanche que sai arrastando tudo aquilo que se posta à sua frente. Não importa se toda uma trincheira de resistência tenha sido erigida ao longo de anos, por milhões de trabalhadores. O tsunami arrebenta tudo em pouco tempo.