Uma prova atualíssima da perenidade de Luiz Aparecido avivou-se no seu mural do Facebook, onde, indiferentes à insólita notícia de sábado (6) e a qualquer outra realidade, centenas de amigos e amigas o cumprimentaram (e ainda cumprimentam) pelo seu aniversário. Na terça-feira, nove de setembro, rumando para o limiar de uma permanente nova era.
Neste período simbolizado pelo inconfidente 21 de abril, publicamos a segunda parte do ensaio acerca dos 50 anos do golpe militar de 1964, seu significado histórico e suas repercussões atuais nos avanços indispensáveis ao Brasil.
Além de evitar que se repita a sombria experiência, por que devemos pensar o regime militar 50 anos após sua instalação quando o golpismo antidemocrático persiste, assumindo novas formas, num fenômeno de iniciativas cotidianas? Para que servem mesmo os golpes e por que eles ocorrem? Como tratar a insaciável fome do capital pela acumulação e seu contágio no processo político? Qual é mesmo a relação entre o golpe militar de 1964 e o golpe do Plano Real, de 1994?
Na tormentosa época atual, alguns fenômenos despontam aos nossos olhos com significativo simbolismo. Um deles, mais destacado na observação da realidade contemporânea, é o da crescente velocidade da decomposição do capitalismo especulativo, do imperialismo e da assombrosa devastação que produz em suas sombrias, violentas, prolongadas e críticas contorções.
Nas colunas anteriores, comentamos a simbiose que define o violento e hostil perfil do império da mídia como síntese da secular tradição conservadora — que na atualidade reúne os traços essenciais do autoritarismo e do padrão neoliberal, nos marcos do regime militar e dos governos FHC. E ainda sobrevive ao controle social.
Com uma guerra decretada e sorrisos da Disneylândia, Barack Obama veio ao Brasil, fascinando desprevenidos enquanto poderosos mísseis ceifavam destruição e centenas de vidas na Líbia. Entretanto, qualquer balanço da visita do presidente dos EUA (Estados Unidos da América) envolverá certezas e perplexidades.