A esquerda bem informada
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Moara Crivelente

Doutoranda em Política Internacional e Resolução dos Conflitos, diretora de Comunicação do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e assessora da Presidência do Conselho Mundial da Paz.
A entrega do Itamaraty e a solidariedade internacional

Diante do ultraje e do despojo de milhões de brasileiras e brasileiros de seus votos e do projeto de governo, atuação internacional e futuro nacional que elegeram, o Ministério das Relações Exteriores, tomado pelo tucano José Serra, a convite de Michel Temer, emitiu uma nota nesta sexta-feira (13) para condenar aqueles que manifestaram sua solidariedade com a nossa luta contra o golpe. Inaugura-se assim a ignomínia de uma reviravolta em nossa diplomacia.

Manutenção da guerra rouba dos povos 2,3% do PIB mundial

O mais recente relatório do Instituto Internacional de Estocolmo de Pesquisas para a Paz (Sipri) confirma que a tendência de aumento dos gastos militares mundiais voltou a se verificar em 2015. Aproximadamente 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de todo o planeta foi investido no setor, ou seja quase US$ 1,7 trilhões (R$ 6 trilhões, na conversão atual). 

A tentativa de golpe e a defesa da democracia são internacionais

Diversos movimentos sociais mobilizados pela democracia têm se manifestado mundo afora contra a tentativa de golpe no Brasil, deflagrada pelos setores mais conservadores e reacionários do país. Na mobilização, deve-se ressaltar cada vez mais a participação do capital financeiro nacional e internacional e do imperialismo, refletindo o caráter também internacional da intentona golpista.

Estados de exceção servem à “segurança” de quem?

Apenas nesta semana, ao menos três atentados terroristas tomaram os noticiários internacionais, uns com mais destaque, outros com menos. No Iraque, no Paquistão e na Bélgica, quase 200 pessoas foram mortas por grupos que usam esta tática brutal para espalhar o temor da morte repentina.

Os mitos da culpa palestina pela ocupação israelense

No início do século XX, Lorde Balfour, chanceler do Reino Unido, proclamava: “As grandes potências estão comprometidas com o sionismo. E o sionismo, seja ele correto ou errado, bom ou ruim, tem raízes em tradições de eras, em necessidades atuais, em esperanças futuras, de importância muito mais profunda do que os desejos e preconceitos dos 700 mil árabes que agora habitam a antiga terra”.

O estado do império e o resto do mundo

O presidente dos Estados Unidos, a potência imperialista cuja hegemonia é cada vez mais contestada, fez seu último discurso sobre o “Estado da União” nesta terça-feira (12). Ainda assim, Barack Obama tocou nas suas prioridades e propostas para o futuro, evitando o tom de despedida e apresentando uma política externa bastante diferente daquela na realidade.

Na solidariedade a Paris-Beirute, a morte só tem nome para poucos

As várias análises sobre os brutais atentados contra a capital francesa, com seu glamour ofuscado pelo massacre de 129 seres humanos e o terror instaurado, são necessárias e decididamente diversas. Desde a reação securitária do presidente François Hollande ao drama coberto pela mídia no local, o discurso mobilizador e aglutinador sobre o terrorismo deixa pouco espaço para a reflexão sobre o trajeto que nos trouxe até aqui e as próximas vítimas da reação.

A TV recria a “ameaça do Oriente”, mas não sem contestação

Clássico da crítica ao colonialismo e à configuração do mundo pelo pensamento hegemônico “ocidental”, o livro de Edward Said, "Orientalismo", volta à tona numa ação inusitada e contestatória. Na década de 1970, Said abordou o movimento colonialista na construção da "ideia" de "Oriente" – que é "outro", diverso. Mais recentemente, um grupo de artistas resolveu aproveitar uma oportunidade para contestar a representação do árabe, ou do Islã, "intervindo" numa série de televisão estadunidense.

No Brasil, rechaçamos a ocupação da Palestina e da diplomacia

O Brasil voltou a tomar uma posição clara na questão palestina: rechaça a nomeação de Dani Dayan, ex-líder de uma espécie de super-prefeitura das colônias ilegais israelenses na Palestina, como embaixador de Israel para o Brasil. A liderança sionista reage à pressão internacional cada vez mais contundente contra a ocupação da Palestina com a sua reafirmação na política global.

“Crise migratória” e seus (ir)responsáveis

A espiral decadente na tragédia humanitária e global que a mídia convencional escolheu denominar “crise migratória” é composta de muitos matizes e responsáveis deliberadamente postos à sombra. 

“Armas inteligentes” e o retrocesso da humanidade

Enquanto diversos movimentos sociais lutam contra a militarização do planeta, com foco na abolição das armas nucleares, na eliminação das bases militares estrangeiras e no fim do uso de veículos aéreos não tripulados (drones), novos desafios continuam surgindo. Quando os líderes das potências imperialistas simulam comprometimento com a redução da guerra, frequentemente agem no sentido contrário.

Um ciclo de debates sobre a Palestina ocupada e resistente

Há exatamente um mês, a Comissão Independente de Inquérito das Nações Unidas, mandatada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, apresentava seu relatório sobre a escalada da violência na Palestina, em 2014. 

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