Conversei com jovens que votaram em Marina Silva, no primeiro turno, e agora defendem Dilma contra Serra. Porque esta variação na escolha?
O eleitor consciente percebe que a sua responsabilidade é decisiva para a escolha de um caminho para o seu país, agora que só existem duas opções nas próximas eleições: prosseguir com o desenvolvimento nacional e democrático elegendo Dilma ou voltar à herança oligárquica que a oposição representa apoiando o Tucano.
As posições mais abertas que a Globo tem assumido para adquirir uma conveniente feição de centro-esquerda, agora que a oposição social-democrata se dilui nos seus próprios venenos, ainda faz grandes esforços para não deixar que os seus entrevistados esclareçam as causas reais das injustiças capitalistas. Reduzem a uma conclusão inócua, interessantes argumentos que tentam ir ao fundo das questões políticas responsáveis pela distribuição da riqueza mundial entre poucos ricos e muitos pobres.
Eu não ia mesmo votar no Serra porque levo à sério a necessidade de dar continuidade ao desenvolvimento e crescimento do Brasil que o Lula conseguiu, combatendo o neocapitalismo que impedia. E temos a Dilma, com todos os seus valores de brasileira combatente, mulher responsável, profissional de valor, dirigente política formada nos oito anos de democracia que abriram o rumo certo para uma sociedade melhor.
Já se foi o tempo em que a TV podia contribuir na formação mental de um público carente de informação geral e de exemplos enobrecedores do comportamento humano. Ajudava a família a debater com os filhos temas que tocavam os sentimentos mais profundos que ultrapassavam as experiências do dia-a-dia por meio de notícias ou novelas bem orientadas.
Temos tido surpresas interessantes com a última (espero que seja realmente a última) imagem da versão imperialista da nação norte-americana.