A cientista política Ana Prestes analisa os principais acontecimentos do cenário internacional.
O Equador é o terceiro país com mais casos de coronavírus na América Latina: 3.646 casos e 180 mortes até o dia 5 de abril. Apenas o Brasil, que tem uma população 12 vezes maior, e o Chile têm mais casos.
O mundo sob o olhar da cientista política e analista internacional Ana Prestes tem como foco principal a pandemia de coronavírus e seus desdobramentos, mas outro tema que tem destaque é o acordo na OPEP sobre a produção de petróleo.
Direitos políticos do ex-mandatário foram suspensos por 25 anos; Correa e lideranças da esquerda denunciam perseguição judicial.
“Os caminhões frigoríficos que percorrem as ruas de nosso vizinho Equador estão pintados de luto. A carne que recolhem nas ruas está encharcada de dor”
País é o quarto país em toda a América mais afetado pelo coronavírus (atrás somente de Estados Unidos, Canadá e Brasil)
Muitas das revoltas populares nos países da América Latina são provenientes da insatisfação popular diante das medidas de governos ultraliberais.
Em um de seus últimos romances, Saramago narra a saga de um país imaginário em crise política após 80% da população votar em branco nas eleições municipais. O governo – desnorteado – fugiu da capital, decretou Estado de Sítio e deixou o povo à revelia sem atendimento básico de saúde, segurança e limpeza pública. O Equador de Lenín Moreno, tomado por barricadas na última semana, poderia ser o país imaginário do gênio da literatura lusófona. A falência da democracia é a mesma.
Por Mariana Serafini
O povo equatoriano deu a todo o continente, por meio de uma heroica e brava mobilização nos últimos 11 dias, algumas importantes lições. Primeiro, demonstrou inválido aquele pensamento que predica um “unilateralismo” da história, no qual a mão que açoita com a chibata nunca vê o chicote retornar contra si. Há na história, como sempre houve, espaço para o povo.
Por Pedro Marin
1° – No último dia 01/10, o presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou a adoção de um pacote de medidas de austeridade, em consonância com as prerrogativas para a obtenção de um robusto empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Por Tiago Soares Nogara *
“Se há um responsável pelos protestos ele é o regime de Moreno que deu às costas à cidadania ao anunciar essas medidas para satisfazer um acordo com o Fundo Monetário Internacional. Os únicos responsáveis por esse caos, instabilidade e forte convulsão social são o regime do presidente Moreno e o Fundo Monetário Internacional”, diz Paola Pabón, governadora da província de Pichincha, localizada no norte do país.
Por Marco Weissheimer, no Sul21
A Comissão de Política e Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou, nesta sexta-feira (11), uma nota de solidariedade ao povo equatoriano, que luta dignamente por seus direitos. Leia a íntegra, abaixo.