Há 56 anos, o Brasil foi sacudido com um golpe militar que retirou da presidência João Goulart. Aquele presidente buscava conduzir uma série de reformas de base – educacional, agrária, bancária, fiscal, urbana, administrativa.
A despeito da grande ebulição política e social que vivemos agora, marcada por incertezas e constantes reviravoltas, o março de 2020, para frustração do presidente, não parece vocacionado para o golpe como foi o março de 1964
Vice-presidente usou as redes sociais para enaltecer o golpe militar e foi rechaçado por diversos parlamentares que destacaram um regime ditatorial marcado pelo fechamento do Congresso, perseguições e tortura
Deputados do PT, PSOL e PCdoB protocolaram representação contra o 03 do clã Bolsonaro, pedindo a cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Casa, após falas de sua entrevista à jornalista Leda Nagle repercutirem nacionalmente
O Instituto Presidente João Goulart enviou ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, pedido de Retratação Pública referente à “Ordem do Dia alusiva ao 31 de março de 1964”. De acordo com o pedido, as informações contidas no parágrafo inicial da Ordem do Dia contrariam atos oficiais do próprio Estado brasileiro.
A mais nova polêmica promovida pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, segundo a qual ele anuncia que pretende alterar os livros didáticos para ignorar que houve golpe em 1964 e ditadura no Brasil, causou perplexidade no Congresso nesta quinta-feira (4).
A veiculação de um vídeo com propaganda do golpe de 1964 no site do Palácio do Planalto será objeto de uma representação junto ao Ministério Público Federal, afirmou nesta terça-feira (2) o senador Humberto Costa (PT-PE). Ele disse que o seu partido, juntamente com outras legendas, pedirá que sejam apuradas as responsabilidades sobre o episódio.
Para marcar os 55 anos do golpe militar de 1964 no Brasil, o Grupo Tortura Nunca Mais (GTNM), junto com entidades do movimento social baiano, organizou, nesta segunda-feira (1º/04), a Marcha do Silêncio, que percorreu as ruas do Centro de Salvador em homenagem aos mortos e desaparecidos da ditadura. O ato saiu da praça da Piedade e terminou no monumento em memória das vítimas da ditadura, localizado no Campo da Pólvora.
Em artigo publicado nesta segunda (1º), no jornal Folha de S.Paulo, Fernando Haddad (PT), Flávio Dino (PCdoB), Guilherme Boulos (Psol), Ricardo Coutinho (PSB) e Sônia Guajajara (Psol), líderes da oposição no país, dizem que não cabe outra interpretação na história brasileira para o que ocorreu há 55 anos com o golpe militar de 31 de março de 1964.
Caminhadas, manifestações, aulas-públicas e atividades culturais foram realizadas em várias cidades do país para marcar os 55 anos do golpe de 1964 e para homenagear as vítimas da ditadura militar que dele resultou.
No dia 1° de abril de 1964 o Brasil foi vítima de um Golpe de Estado, culminando com a deposição sumária do presidente João Goulart, eleito pelo povo.
Por Luis Fernando Sousa
Neste domingo, dia 31 de março de 2019, a esquerda brasileira e o presidente Jair Bolsonaro se encontrarão com seu passado e com seu destino.
Por Carolina Maria Ruy