A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Joan Edesson de Oliveira

Educador, Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará.
Oitenta tiros

É possível medir a dor?

 Os justiceiros substituem a justiça

"A sanha justiceira não respeita sequer o espírito de corpo".

 O preço do ódio

Suzano nos incomoda. A morte do outro deve sempre nos incomodar, especialmente quando se trata de jovens, de crianças, cujo ciclo ainda estava longe de se completar. Quando a morte é bárbara como agora, nosso incômodo é maior. Ficamos tentando entender aquilo que parece inexplicável.

Uma tragédia nacional

Até podemos rir das trapalhadas desse governo, da burrice escoiceante de parte dos seus ministros, das idiotices da Damares, da ignorância orgulhosa e olaviana de Araújo, ou da mistura de patetas com metralhas que são os filhos presidenciais (esses são os verdadeiros petralhas)?

  Um Jesuscristinho sertanejo

Por volta do final de novembro até o início de dezembro nós começávamos os preparativos. Numa caixa de madeira ou num balde colocávamos a terra, molhávamos bem e plantávamos o arroz. Era a primeira tarefa, a fase preparatória para construirmos a nossa lapinha.

Geraldinos e arquibaldos

Há quem imagine que estamos disputando partida oficial de campeonato, em moderna “arena”, como deram agora de chamar os estádios, com juiz e bandeirinha do primeiro escalão da federação e auxílio do árbitro de vídeo. Há quem imagine que as regras do jogo estão sendo respeitadas, tudo bonitinho, nos trinques, nos conformes.

Levar o barco devagar e manter a unidade

Faltando pouco mais de duas semanas para a eleição presidencial, tudo indica que nos encaminhamos para um segundo turno entre a chapa Haddad/Manuela e a chapa da direita raivosa. A eleição, acirrada, não se decidirá no primeiro turno, e promete um acirramento ainda maior pela frente.

Uma dor sem nome 

É possível nomear a dor? É possível dar nome a ela? Já tive dores, muitas. Algumas de doer de forma inimaginável, de não conseguir descrever. Mas nunca tive, e espero nunca, nunca ter, a dor de Bruna Silva e José Gerson, a mãe e o pai de Marcos Vinícius da Silva, o menino de 14 anos assassinado durante uma operação policial na Maré, no Rio de Janeiro.

 Um perna de pau na torcida

Nunca joguei futebol. Minha intimidade com a bola sempre foi pouca, quase nenhuma. Quando digo que nunca joguei, estou falando de jogar mesmo, com arte, com maestria. Correr atrás da bola era outra coisa, isso eu sempre fiz. Mas a desgraçada sempre me esnobou. Por mais que eu tentasse, por mais que me esforçasse, aquela esfera nunca me deu bola, se me permitem a infâmia do trocadilho.

Democracia sem povo

Não é segredo para ninguém que as elites brasileiras sempre foram avessas à democracia.

 A grota de Angicos assombra o PT

Tenho fascínio pelo cangaço, especialmente pela figura de Virgulino Ferreira da Silva, o capitão Lampião. O capitão foi um sertanejo, um homem da caatinga, que durante mais de duas décadas deu lição de estratégia e tática, sobrevivendo sem derrotas significativas.

A prisão dos Silvas

Um homem foi preso. Um homem do povo, de sobrenome Silva, tão comum entre a ralé desse país, sobrenome dos pobres, dos desgraçados, dos marginalizados, sobrenome do povo. Um homem foi preso a mando dos poderosos.

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