A esquerda precisa parar de se pautar pelos costumes, tá mais que provado que isso só alimenta a guerra de Bolsonaro e seus asseclas contra todos que se opõe a sua agenda neoconservadora.
É preciso mudanças efetivas na política econômica, precisamos de um estado nacional desenvolvimentista.
“O descontrole do corona no Brasil todo é similar ao descontrole do presidente: de modo inimaginável, o chefe do executivo simplesmente orientou a população brasileira a desrespeitar as orientações médicas e da Organização Mundial de Saúde (OMS), um verdadeiro crime contra a humanidade que será, de modo correto, denunciado no tribunal de Haia, onde se julgam delitos desse tipo.”
“O real motivo que fez o presidente agir de modo tão irresponsável perpassa pela leitura da última pesquisa, onde ele cresceu ao ponto de ter mais pessoas achando bom que ruim o seu governo, e é exatamente no apoio popular que ele se ampara, pois é isso que o dá confiança para seguir em frente nessa guerra de posições permanente.”
Um dos conceitos mais interessantes de Antonio Gramsci é o de revolução passiva. Segundo o italiano, este é um processo “pelo qual um grupo social chega ao poder sem romper o tecido social, mas sim adaptando-se a ele e modificando-o gradualmente” (GRAMSCI & FORGACS, 1988).
“Sob o argumento de que as formas de exploração do capital mudaram, que o mundo se transformou e demais raciocínios simplistas, algumas figuras (em sua maioria externas) querem simplesmente tirar o símbolo dos comunistas de sua bandeira, esquecendo o significado que aquilo tem, rememorando períodos históricos importantes como as Revoluções Russa e Chinesa.”
Quando Bolsonaro assumiu, todos sabíamos que seria um governo de extrema direita, o que ninguém imaginava, é que veríamos um governo de idiotas e fanfarrões. Entre os folclóricos ministros, Abraham Weintraub talvez seja o que mais se destaca, conseguindo vencer o chanceler Ernesto Araújo e até mesmo Damares Alves.
Quando se pensa que a atual gestão federal não é capaz de mais trapalhadas na área ambiental, mais uma vez somos surpreendidos. Como se já não bastassem as liberações para desmate descontrolado, as confusões internacionais sobre o Fundo Amazônia, os cortes de verba nos órgãos de fiscalização e as queimadas na região Norte, outra surpresa desagradável: o surreal derramamento de óleo no litoral nordestino.
É possível fiscalizar e opinar de fato?