A crise mundial que tem por mote o novo coronavírus arrasta-se já por 3 meses, na sua fase conhecida, desde que o SARS-CoV-2 foi identificado em Wuhan. A doença que aquele vírus dá origem, a Covid-19, já fez correr “rios de tinta” (ou, melhor dizendo, “de bites”, já que a informação, a análise e a crítica a respeito do tema é produzida e difundida em suportes virtuais, no mundo telemático que é, de momento, o único espaço seguro de circulação social (não é, na verdade, o único nem é, também, assim tão seguro como também se sabe).
O SARS-CoV-2, vírus que causa a pandemia por Covid-19 (a doença que provoca em cada infectado), tem estado no centro das atenções a nível global. Tema que abarca múltiplas esferas (médica, de saúde pública, económica, cultural, geopolítica), é objecto de escrutínio permanente, contabilizando-se casos, desfechos fatais e também recuperações, números lidos através de modelos de análise estatística em que se projectam em modo prospectivo o impacte provável em cada local, através do conhecimento que se vai tendo dos casos alheios.
A ganância capitalista contrasta com o humanismo que informa a postura de Cuba e China, países socialistas. E, será na dinâmica social específica destes países, na interligação entre as várias esferas da vida social que se realiza através da acção do estado e da suas estruturas dirigentes, nomeadamente, dos partidos comunistas de cada um desses países, envolvendo no esforço de combate ao novo coronavírus toda a sociedade.
A pandemia está declarada, dando origem a algum pânico. As consequências do coronavírus dominam as atenções e preocupações de todos … ou quase todos, primando alguns pela indiferença e pela irresponsabilidade, na senda do negacionismo.
O surto de um vírus é, atingida a dimensão da “pandemia”, um evento global, traço que o insere no âmbito dos fenómenos (culturais, económicos e sociais) que o termo “globalização” encerra.
A questão da atualidade do símbolo do movimento comunista – a foice e o martelo – surge, volta e meia, como mote de debate político, numa proclamada necessidade de “actualismo” simbólico. E, de arrasto, o próprio termo identitário «comunista» é colocado em questão. A unidade mais ampla, imprescindível no momento atual, faz alguns considerarem que se pode prescindir dos referenciais de identidade, confundindo assim, no plano simbólico, tática com estratégia