A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Joan Edesson de Oliveira

Educador, Mestre em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará.
Os assassinatos póstumos de Guilherme

Na última terça-feira, 15 de novembro, um estudante de 20 anos foi morto pelo próprio pai em Goiânia. Guilherme Silva Neto tinha 20 anos. O pai, Alexandre, cometeu suicídio após matar o filho.

Os acendedores de manhãs 

Ah! Esses meninos. Ah! Essas meninas.
Espalham-se pelas ruas, pelas escolas, pelas universidades. Não se contentam mais em esperar pelo amanhã, não querem apenas, como deles dizia Máximo Górki, ter a face do amanhã. Têm sede de hoje, estão famintos pelo agora.

Um juiz de terno preto

O peruano Manuel Scorza, nascido em Lima em 1928 e morto em um acidente aéreo em Madri em 1983, foi um dos grandes nomes da literatura latino-americana, e como tantos outros injustamente esquecido. Seu último romance, “A dança imóvel”, traz a narrativa daquela que considero a mais sutil e inteligente forma de vingança de uma mulher contra o homem que lhe traiu.

Eu tenho medo do que está por vir 

O cantor e compositor cearense Belchior fará 70 anos daqui a alguns dias, sem que se saiba ao certo por onde ele anda. Mesmo com a sua ausência já acontecem uma série de homenagens e se programam outras ao longo do mês. Mas eu volto a falar sobre as homenagens a Belchior em outra ocasião. Por hoje, quero escrever sobre o medo. Em “Pequeno mapa do tempo” Belchior escreve sobre o medo: “Eu tenho medo e já aconteceu/ Eu tenho medo e inda está por vir”.

Salomé, Moreira César e os Civita: cortadores de cabeça

O costume de cortar a cabeça dos inimigos é por demais antigo. Na tradição bíblica, Salomé, atendendo à recomendação da sua mãe, pede a cabeça de João Batista e é atendida. Decapitado João, a cabeça é ofertada em uma bandeja de prata. Talvez seja esta a mais conhecida das histórias de decapitações de inimigos, embora elas sejam inúmeras ao longo da história.

Umberto Eco e o fascismo em trajes civis

Em abril de 1995 Umberto Eco proferiu uma conferência na Universidade de Columbia, posteriormente publicada com o título de “O fascismo eterno”, em “Cinco escritos morais”. O texto de Eco guarda espantosa atualidade, especialmente pela listagem de características do que ele chamou de Ur-Fascismo ou fascismo eterno.

Lutar com palavras

Lutar com palavras é a luta mais vã, afirmava Drummond, sempre tão certeiro em sua poesia delicada e cortante.

Juscelino e a ilusão de 2018 

Às vésperas do natal de 1963, Juscelino subiu a Petrópolis para uma conversa com o presidente da República, João Goulart. No Palácio Rio Negro o mineiro comunicou a Jango que o seu PSD desembarcava da base de apoio ao governo.

Dona Carmén, amante da sordidez e do escárnio

Dona Cármen Lúcia ataca novamente. Há pouco tempo ela deu uma declaração na qual dizia acreditar que apenas a justiça de pequenas cidades do interior cometia erros. Quer dizer, foi o que disseram para ela, segundo suas palavras. Afirmou ainda que as instituições do país funcionavam normalmente, no que tem toda razão, com Cunha em liberdade e o provisório Temer andando às escondidas.

Do ódio como ferramenta política

“E ele suspirava de ódio, como se fosse por amor; mas, no mais, não se alterava. De tão grande, o dele não podia mais ter aumento: parava sendo um ódio sossegado. Ódio com paciência; o senhor sabe?” (Riobaldo, sobre Diadorim, em Grande Sertão: Veredas)

Riobaldo e as travessias tormentosas

Nossos cursos de formação política bem poderiam estabelecer alguns clássicos da literatura como leitura obrigatória. Riobaldo Tatarana, de Grande Sertão: Veredas, por exemplo, daria uma excelente aula sobre estratégia e tática. Há lições valiosas a se extrair da leitura do mestre Rosa.

 Ás ruas, às ruas

Joaquim Nabuco, nascido no Recife, foi sem dúvida um grande brasileiro. Diplomata, historiador, político, foi um dos grandes nomes do abolicionismo. No parlamento, a luta abolicionista e a luta pela construção de um estado laico foram talvez as suas principais marcas.

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