As Centrais Sindicais CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Nova Central e UGT estão convocando os trabalhadores para uma Mobilização Nacional nesta terça-feira (18) pelo aumento do salário mínimo para R$580,00 e a manutenção da política de valorização iniciada no governo Lula.
A luta das centrais sindicais por um salário mínimo de R$ 580 interessa a todos os trabalhadores brasileiros porque tem o objetivo de incrementar a economia, aumentando o consumo interno, a produção, as vendas do comércio e o emprego.
Por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força
A valorização do salário mínimo foi o principal instrumento que desencadeou o processo de ascensão social no Brasil. Um estudo do Ipea mostra que as maiores evoluções salariais atingiram os trabalhadores com menos qualificação profissional e que tradicionalmente tiveram ganhos menores.
Por Antonio Neto*, na Folha de S.Paulo
O novo valor do salário mínimo será de R$ 545. Foi o que declarou, nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de participar da primeira reunião ministerial do governo da presidenta Dilma Rousseff.
Dois ministros já adiantaram os temas da primeira reunião ministerial – a primeira da gestão da presidente Dilma Rousseff – marcada para às 14 horas desta sexta-feira (14). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou, em entrevista esta manhã, que o corte nos gastos propostos seja o número divulgado na mídia e que o anúncio seja feito hoje. Já o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse um novo valor do salário mínimo deve ser discutido na reunião.
A equipe técnica do governo Dilma retomou a proposta de antecipar parte do reajuste previsto para o salário mínimo em janeiro de 2012, para elevar o valor definido pelo governo para R$ 560 ainda neste ano. Se for aceito pela área política, o estudo — que será levado semana que vem à presidente Dilma Rousseff — já vai fixar também o piso de 2012 em R$ 616.
Depois de atuar na trégua firmada entre o PT e o PMDB, o chefe da Casa Civil, ministro Antonio Palocci, procurou lideranças do PP para pedir apoio ao salário mínimo de R$ 540 apresentado pelo governo. A conversa aconteceu na terça-feira e ontem o partido divulgou nota afirmando que "a bancada do PP votará, unida, o valor estipulado pelo governo".
O debate sobre o valor do salário mínimo esquenta a cada dia. Nesta terça-feira (12), o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que, caso o governo continue sem negociar, as centrais sindicais recorrerão a Justiça. No próximo 18 de janeiro as centrais pretendem realizar uma manifestação em defesa do mínimo de R$ 580. Já os ministros Antônio Palocci e Luiz Sérgio estão se articulando em defesa dos R$ 540.
O presidente da Força Sindical, deputado federal Paulinho Pereira (PDT-SP), afirmou nesta quarta-feira (12) que as centrais sindicais vão acionar o governo na Justiça na próxima terça-feira (18) caso, até lá, não seja aberta negociação para corrigir a tabela de imposto de renda (IR) pelo índice de inflação de 6,43%.
As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CTB e UGT) fecharam hoje (11) uma estratégia de mobilização por um aumento maior do salário mínimo. Os representantes dos trabalhadores definiram em conjunto que o piso nacional deve ser de R$ 580 – o que representa um reajuste de 13,7% – e pretendem reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar dela o reajuste.
As centrais sindicais voltam a se reunir nesta terça-feira (11) para discutir o aumento do salário minimo para R$ 580 – valor definido pelas centrais para negociação com o governo. A reunião ocorre na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo. A defesa de um salário mínimo superior aos R$ 540 para assegurar a inflação de 2010 ganha cada vez mais aliados e esquenta as negociações no Congresso Nacional.
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (10) que o Congresso Nacional é que vai definir o valor do salário mínimo. Segundo ele, os parlamentares vão discutir a proposta de R$ 540 para o piso nacional e, se alterarem, o governo acatará a decisão. “O Congresso é soberano”, disse Lupi em entrevista coletiva durante evento na capital paulista. “O que o Congresso definir nós todos teremos que aceitar, porque é o Congresso que decide.”