A morte de trabalhadores rurais na Amazônia, lamentavelmente, é uma rotina. E de maneira geral essas mortes são seletivas, se voltam contra as suas principais lideranças, sugerindo que os mandatários desses assassinatos tem presente à assertiva de Karl Marx no Dezoito Brumário, para quem “os camponeses não conseguem representar a si mesmo, precisam ser representados”.
Diretor italiano Ermanno Olmi discute em seu filme a crise de valores e de instituições na Itália atual e a resistência aos imigrantes africanos.
Mais um ano se passou… A impressão que tenho ultimamente é que o tempo passa rápido. Demais. A gente nem vê direito. De repente, lá se foi 2011. E lá se foi um ano de governo Dilma do qual, em termos palpáveis, sou incapaz de dizer qual o grande marco, embora não seja um governo micho, sem élan – conta com 56% de avaliação positiva e a presidente, com 71% e 68% de confiabilidade.
Tempo de retrospectiva, inclusive daquelas enfadonhas e repetitivas das redes de TV, jornais e revistas semanais. Mas necessárias – para que se tenha noção do terreno onde pisamos.
A consciência nacional foi surpreendida com mais uma posição do Supremo Tribunal Federal contra a democracia e a transparência. Mais uma vez o ministro Marco Aurélio Mello – indicado por seu primo Fernando Collor de Mello antes de ser apeado do poder por corrupção – bota suas unhas de fora e, num gesto oportunista, já que tomado no último dia do ano judiciário, limita os poderes do Conselho Nacional de Justiça para investigar e punir juízes acusados de desvio de conduta.
Impressionante o linchamento promovido pela imprensa oligopolista contra a isolada, combatida e altiva República Democrática e Popular da Coreia, por ocasião da morte de seu líder, Kim Jong Il. Como disse Bertolt Brecht: "Do rio que tudo arrasta se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o oprimem".
Numa sociedade complexa social e institucionalmente – onde as diversas formas de contradições sociais ganham caráter estrutural –, não podemos prescindir de meios de mediação das relações sociais. O direito é o instrumento que cumpre essa função. O direito realiza a mediação entre as diversas manifestações das relações sociais.
O livro A Privataria Tucana é uma das raras obras publicadas pós-2002 que volta a abordar as negociatas manipuladas nos trágicos governos entreguistas de FHC. Infelizmente, com a ofensiva midiática em aberta campanha desestabilizadora contra os governos Lula e Dilma, a esquerda brasileira se postou na defensiva, preocupada mais em se desculpar ou justificar por toda sorte de ataques disparados pelas elites, do que se posicionar no front da luta de ideias.
Ano corrido de uma vida corrida.
Há um ano tinha motivos de sobra para escrever Adeus Ano Velho.
Dessa vez é a caneta quem guia as voltas de: missão cumprida.
Publico aqui artigo que fiz para o jornal Tira Prosa, editado em Cambuí (MG), impresso em São Paulo e divulgado no Brasil inteiro, por um monte de caminhos. É, em verdade, uma revista mensal. Na edição de dezembro, o Tira Prosa trará uma longa entrevista com Ziraldo e esse artigo aí sai junto. Vejamos:
Desejo boas festas às gentis leitoras e pacientes leitores com estes presentes: o espírito de natal do Calvin criado (sim, há um criador!) por Bill Watterson e duas abordagens natalinas do escritor português José Saramago. Que em 2012 construamos novas vitórias e avancemos nas conquistas democráticas e sociais.