A opinião publicada comenta, e comenta com razão, os troca-troca partidários do fim do prazo constitucional permitido. Parece ser um festival de infidelidade, mas é, na verdade, o acerto de contas preparatório (em todos os sentidos) das disputas eleitorais de 2010.
Nos três últimos meses, quando já estava ficando claro que podíamos vencer a crise com a participação decisiva do movimento sindical, os trabalhadores e suas organizações mais importantes realizaram seus congressos, de categorias ou de centrais, embora não tenham tido a cobertura necessária da grande imprensa.
Participei nos últimos dias de três acontecimentos sindicais importantes.
O primeiro deles foi o 3° Congresso dos Trabalhadores em Telecomunicações (CNTT), organizado pela Fenattel em Serra Negra, SP, que reuniu mais de 360 delegados de todo o Brasil.
Nos materiais editados durante o último fim de semana, houve uma quase unanimidade na constatação, com números, de que a economia brasileira havia superado a crise.
Há um livro surpreendente que merece ser comprado, lido e estudado. É o Dicionário Lula de Ali Kamel com pesquisa de Rodrigo Elias. Foi editado pela Nova Fronteira e tem 672 páginas compactas.
Uma das coisas mais corretas e importantes na apresentação, pelo governo, dos quatro projetos sobre o Pré-sal foi a decisão de encaminhá-los com urgência constitucional para o Congresso. Isto significa que o governo tem pressa e nós também.
Há uma contradição evidente entre os aspectos estruturais do mundo do trabalho brasileiro (desemprego, informalidade, baixos salários, desorganização, discriminações por sexos e cores de pele, trabalho infantil, baixa escolaridade e muitos outros) que são péssimos historicamente e os aspectos positivos da atual conjuntura (enfrentamento com vitórias da crise, ganhos reais, unidade de ação das centrais sindicais e mobilização).
Os professores ensinam a todos, mas é uma instituição pública, ligada ao mundo do trabalho e dois sindicatos paulistanos importantes que procuraram, no último ano, descobrir como os professores vivem (e sofrem) o trabalho.
Não me canso de elogiar o trabalho do Dieese como fonte privilegiada de informações úteis para o movimento sindical. Recentemente, em julho deste ano, foi publicado em “Estudos e pesquisas” número 46 o texto “O Emprego no Setor de Telecomunicações 10 anos após a Privatização”. Merece ser lido.
Na sexta-feira, dia 17, os jornalões noticiaram, nas capas ou em manchetes da página de economia, a criação de empregos formais em junho e o saldo total no primeiro semestre de 2009 de acordo com o Caged.
Se analisarmos de um ângulo realista, a luta pela redução constitucional da jornada de trabalho semanal para 40 horas é uma luta defensiva.
Não tenho me cansado de ressaltar o protagonismo do movimento sindical brasileiro. Feitas todas as contas fica evidente que, junto ao presidente Lula, temos conseguido enfrentar a crise, resistir em defesa dos interesses dos trabalhadores e garantir medid